Ruan David Santos Almeida

REDESCOBRINDO A HISTÓRIA CAXIENSE: O BAIRRO COMO RECANTO DE MEMÓRIAS VIVAS E PULSANTES

  

Resumo

 

Na atualidade, a produção constante de informação acaba por afetar de maneira direta os saberes da memória, fazendo com que o conhecimento do passado seja paulatinamente substituído por inovações de cunho midiático, algo extremamente comum na fluidez da pós-modernidade. Durante muito tempo no Brasil, os saberes a respeito da memória eram valorizado apenas no plano simbólico, na medida que retratavam as grandes personalidades, feitos e eventos da dita “história oficial”. Entretanto, de modo que foram aparecendo no bojo da historiografia novas possibilidades, outros sujeitos passaram a ter vez e voz no campo analítico da história, fazendo emergir a “memória subterrânea”, conceituada por Michael Pollack. Sabendo de tal premissa, a presente pesquisa lança no campo histórico das representações, o bairro que tem cor, tem vida e compõe a teia urbana da cidade. Nesta perspectiva, constituiremos alguns apontamentos relevantes acerca do estudo dos bairros, avistando esse espaço como sendo um recanto de memorias durante muito tempo silenciadas, mas nunca esquecidas, e que agora tem a oportunidade de fala.

 

Considerações iniciais

 

O ambiente da cidade levanta uma série de questões a serem debatidas pela história  cotidiano, vivência, cultura dentre outras representações que pulsam e emergem para o cenário da pesquisa nesse momento. Para tanto, estes escritos procuram aprofundar em uma temática ainda pouco percebida, porém de fundamental importância para a compreensão do ambiente urbanístico, se trata dos bairros enquanto puros representantes da  identidade de um povo, que tece todos os dias um novo fato, uma nova história. Importa-nos aqui perceber as diversas conotações que um determinado local pode assumir e assim compreender os significados que os habitantes podem atribuir, relatar ou almejar em um recanto de memorias vivas.

 

Sabendo disso, a  iniciativa pela construção deste ensaio se deu a partir de pesquisas que vem sendo desenvolvidas na cidade de Caxias do Maranhão, popularmente conhecida como a “princesa do sertão” dada a sua importância no cenário maranhense. Ações desempenhadas pelo projeto intitulado “tem cor, tem vida e compõe a teia urbana da cidade: conhecendo a cultura e a história do ‘meu’ bairro”, visam promover o resgate da história local, isto trazendo os bairros para o centro do debate, demostrando que a população pode ter sua história contada e sentir-se representada culturalmente no contexto caxiense.

 

Para alcançar tal objetivo, tem sido promovido entrevistas, auxiliadas pela metodologia da história oral, com os moradores dos bairros Cangalheiro, Pé da ladeira e Galiana coletando informações e dados concernentes aos almejado pelo projeto inicialmente. Visando divulgar as impressões e resultados constituídos no primeiro momento a presente pesquisa também lança no campo analítico a aprendizagem que pode ser absorvida ao se trabalhar os bairros como “objeto histórico”. Entendendo essa ideia, dividiremos nossos escritos em duas partes, no primeiro momento será realçado a importância das análises a respeito dos bairros, conduzindo o leitor a reflexões diferentes da convencional, isto é tornando o seu espaço de convivência algo mais compreensível ou agora simplesmente percebido. Contudo necessita-se esboçar o aporte teórico utilizado, nesse sentido autores como Nora [1993], Becker [1983], Reigota [1994] surgem como mecanismo para analisar, respectivamente, as lembranças cristalizadas em “lugares de memória”.

 

Posteriormente discutiremos a ideia de ambiente, território e paisagem que são importantes complementos para o aprofundamento daquilo que vem mais à frente. No segundo momento debateremos questões interessantes sobre possíveis rupturas e continuidades que vem sendo averiguadas no contexto caxiense, especificamente nas tradições do bairro Cangalheiro. Iremos focar prioritariamente nesse espaço por já existir um estudo avançado na localidade, por isso os dois bairros estudados pelo projeto ficam para um debate futuro. No entanto, é necessário destacar que estamos discutindo a respeito de uma localidade escarça de fontes escritas, portanto os relatos dos moradores serão a nossa principal base, onde a metodologia da história oral nos possibilita adentrar em um campo ainda pouco questionado, a memória do bairro.

 

Por uma história dos bairros: Representação de um ambiente complexo e plural

 

Os atributos da pesquisa local acabam por elucidar novos debates concernentes as representatividades que um determinado local pode assumir, as conotações e sentidos empregados ao passo que encanta também demonstra que o mesmo objeto pode emitir diversos valores; isto também é constatado no bairro, que a alguns encanta, diverte e para outros pouco valor tem. Todavia, sem querer adentar no mérito de valores individuais, devemos nesse momento apreciar um “lugar de memória” em estado puro:

 

São lugares, com efeito nos três sentidos da palavra material, simbólico e funcional, simultaneamente, somente em graus diversos. Mesmo um lugar de aparência puramente material, como um depósito de arquivos, só é um lugar de memória se a imaginação o investe de uma aura simbólica. Mesmo um lugar puramente funcional como um manual de aula, um testamento, uma associação de antigos combatentes, só entra na categoria se for objeto de um ritual. Mesmo um minuto de silêncio, que parece o exemplo extremo de uma significação simbólica é ao mesmo tempo o recorte material de uma unidade temporal e serve, periodicamente, para a chamada concentrada da lembrança [Nora, 1993, p. 22].

 

Partindo do significado de lugar descrito por Pierre Nora, podemos construir uma afirmação, visto que do ponto de vista material e funcional a memória constrói lembranças que cristalizam-se no imaginário, isto de forma individual ou até mesmo na coletividade. Percebendo tal premissa, os olhares acabam por tornar o bairro ainda mais convidativo para a análise, ao passo que, tudo aquilo congregado na convivência diária emana memória de um contexto puramente explicado e resinificado de acordo com as ideologias dos habitantes.

      

O bairro é um espaço que se caracteriza como um lugar por excelência da vida, o cotidiano construído pela vivência dos moradores, que marcam as subjetividades daqueles que viveram ou ainda vivem ali. Cada momento é tecido por uma rede de significados para seus moradores. Nessa perspectiva, o lugar é concebido como espaço que ascende sentimento, e assim remete a ideia de pertencimento.

 

O espaço, nessa discussão emerge a partir de diferentes análises, dentre elas cabe a ressalva aos conceitos de território, paisagem, ambiente e lugar. São interpretações diferentes de espaços, já que o conceito de espaço numa visão de território representa a ideia de apropriação, de poder, de posse, sentimento constituído de outra maneira o de não pertencimento, a visão de espaço nesse aspecto se refere a sua utilização pelo sujeito como finalidade de alcançar determinados mecanismos. Parece uma explicação conceitual difícil no primeiro momento, porém Bertha Becker pode nos ajudar a entender melhor:

 

no momento em que se retorna a análise das relações de poder e se focaliza a prática espacial, o território volta a ser importante,  não mais apenas como espaço próprio do Estado-nação, mas sim dos diferentes atores sociais, manifestações do poder de cada um sobre uma área precisa. O território é um produto “produzido” pela prática social e também um produto “consumido”, vivido e utilizado como meio, sustentado, portanto, a prática social [Becker, 1983p. 7-8].

 

A discussão em torno  do espaço - território é pertinente por ser a cidade que se tornou efetivamente lócus de tensões e conflitos entre os grupos sociais na defesa individual pelo poder. Essa  realidade apresenta-se também no espaço, no bairro, pois além  do desenvolvimento do afeto, da interação e amizade construída no cotidiano das relações, também existem os atritos considerados inerentes às relações humanas. Por isso, ao estudá-lo torna-se importante levar em consideração essas diferenças caracterizadas pela sua composição.

 

O ambiente também é um conceito bastante pertinente na discussão, em algumas situações se configura como sinônimo de paisagem natural, mais essa análise é diferente na visão de Marcos Reigota:

 

Um lugar determinado e/ou percebido onde estão em relações dinâmicas e em constante interação os aspectos naturais e sociais. Essas relações acarretam processos de criação cultural e tecnológica e processos históricos e políticos de transformação da natureza e da sociedade [Reigota, 1994, p. 21].

 

O bairro não deve ser considerado como apenas uma parte que compõe a cidade, mas um espaço construído pelos moradores e pelas ações por eles desenvolvidas como: as festas de rua, brincadeiras de rodas, conversas na porta, a ida a padaria, mercadinho, os aniversários,  novenários nas casas e festejos nos bairros, assim como  tantas outras ações desenvolvidas no cotidiano, atividades que escreve sua história. Existem outra definição de bairro que tem como base diversas áreas de conhecimento na geografia, história, Topografia, antropologia e sociologia. Para tanto, nos importa nesse momento perceber aqui dentro da teia urbana da cidade, o bairro tem uma importância para os moradores, pois neste espaço se estabelece a relação social, que se dá no lazer, no consumo, na religiosidade e todas as demais ações que o homem realiza.

 

Visto como um lugar pulsante, nele ocorre transformações históricas que acabam por refletir no cotidiano dos seus moradores, considerado não somente um lugar, mas espaço heterogêneo que comunga verdadeiras experiências de vida, portanto tem cor, tem vida e compõe a teia urbana da cidade.

 

Portanto, podemos considerá-lo como um espaço construído e reconstruído pelos seus moradores, sendo constantemente reinterpretado na memória deles, essa dinâmica resulta por suscitar sentimentos de diferentes ordens, e assim assumir divergentes interpretações, que encantam e demonstram ideologicamente, as pluralidades constituídas no seio do espaço urbano.

 

Tal localidade é, por conseguinte, considerada termo multiconceitual, pois produz distintas interpretações e diferentes definições que se alternam de acordo com a proposta de estudo. Além dessa percepção, temos o de paisagem, que nos possibilita  constatar vários enfoques referentes ao funcionamento das sociedades, ela revela ou exclui informações, e características econômicas, políticas e culturais que estruturam o processo de concepção e organização do espaço social. O espaço geográfico é decorrência de uma complexa interação entre sociedade e a sua paisagem. Paisagens essas que apresentam particularidades referentes ao presente e passado, que se articulam dialeticamente fazendo do lugar um espaço de lembranças, de rememorações de vida.

 

Contudo, construído esse discurso importa-nos também perceber tal constatação não somente no plano simbólico, mas na construção da vida diária que remodela, estrutura e organiza percepções dentro das localidades estudadas, sabendo disso, o bairro cangalheiro nos propõe uma autorreflexão, na forma como olhamos para o nosso lugar de origem ou vivência e nesse contexto, as perdas averiguadas nas tradições locais.

    

Nas trilhas da memória: O bairro Cangalheiro entre rupturas e continuidades

 

Antes mesmo de adentramos em nosso objeto de estudo especifico, importa-nos neste momento conhecer a cidade onde ele está inserido; Caxias, localiza-se no estado do Maranhão  é uma localidade que chama atenção em meio ao cenário maranhense, os títulos cordiais de “princesa do sertão”, “cidade dos poetas” ou até mesmo “Manchester maranhense” acabam por demonstrar seus atributos, os dois primeiros conceitos ainda são muito presente no ideário local, porém, cabe ressaltar o último, pois exclama bastante do que foi disseminado na cidade durante os períodos iniciais da República, nesta tessitura, Jordânia Pessoa autora local, retrata o seguinte:

 

“Caxias: A Manchester Maranhense” . Foi dessa forma que um articulista do jornal Commercio de Caxias nomeou o momento histórico que aquela cidade estava vivenciando no final do século XIX. No discurso ufanista desse articulista, Caxias reflorescia. Não como outrora, embasada em estruturas econômicas tradicionais, mas, assim como a Manchester inglesa, nos novos ventos do progresso [Pessoa, 2009, p. 44].

 

Um forte discurso se instaura na cidade, isto é disseminado pela elite local que procurava trazer uma “nova” visão, identidade e memória para Caxias. Para tanto, a população local que comunga da vivencia na cidade, não se sentia representada, já que esses “ventos da modernidade” almejado através da figura da fábrica têxtil, não atingia de forma homogênea a todos. Iniciamos o debate ambientando-os naquilo que se compreendia enquanto “Manchester maranhense”, para que assim possamos entender a memória como um valioso suporte, onde pode-se enveredar ambientes outrora pouco apreciado, como no caso do imaginário popular. Desta forma, o bairro cangalheiro torna-se um forte representante da luta pela tradição caxiense, visto que o próprio nome da localidade reproduz essa ideia.

 

Nesse sentido, o nome cangalheiro tem seu surgimento a partir de um personagem peculiar e próprio da localidade. Um artesão, fabricante de cangalhas, para que possamos constatar isso Francisca Lopes nos descreve essa figura da seguinte maneira:

 

A origem do bairro cangalheiro, historicamente está ligada à origem da própria cidade de Caxias. Possivelmente o bairro foi originado pelo artesão responsável pela fabricação de cangalhas- Salomão cangalhas (amarração que se coloca no dorso das bestas e em que se equilibra carga), criação de animais, pequenas quintas à margem do rio [Lopes, 2000, p. 21].

 

Percebemos então que do termo “cangalhas” nasce um bairro, na medida que a nomenclatura permanece até os dias atuais impregnada no registro da cidade e consequentemente no imaginário popular, portanto pode-se indicar que nesse sentido um apego ao tradicional nome, mesmo que alguns lugares caxiense já tenham sido alterado. Sabendo de tal premissa, as continuidades ficam em evidencia, na medida que a população prossegue se identificando com o lugar e a maneira como se deu sua origem. Porém, é necessário realçar as rupturas também, pois uma das principais reclamações dos habitantes mais antigos do lugar, esta pautada na descontinuidade das tradições por parte dos jovens. Contudo, o medo por uma cisão completa se instaura, fazendo com que algumas hipóteses sejam levantadas, dentre elas os “novos tempos” poderiam ser o responsável pelo afastamento do cidadão do conhecimento de sua própria cultura.

 

Esse tipo de evento é facilmente explicável através das indicações que a pós-modernidade nos remete; tendo em vista que avistamos no mundo moderno a fluidez e a celeridade movimentando as estruturas, que outrora eram praticamente impenetráveis. As conceituações tendem a reproduzir um ambiente onde a tecnologia da informação ao passo que aproxima os sujeitos também afasta-os daquilo que realmente importa ser visto aqui, a história caxiense. Portanto, diagnosticando o contexto de dificuldades, nossas pesquisas visam atuar em meio a sociedade, levando informações importantes sobre os bairros para os moradores mais jovens, ou seja a “nova geração”, já que os próprios tem pouco ou nenhum conhecimento acerca da temática.

 

O espaço da vivência pode ser medido de diferentes maneiras, podemos firmemente afirmar, que cada lugar tem a sua história. Contudo, cabe ao historiador em sua missão mais nobre fazer com que esses fatos sejam revelados. Seguindo esta linha de raciocínio podemos projetar o espaço como fonte preciosa, quando temos um olhar crítico voltado a ele:

 

A cidade é composta por diversos espaço de memória, seja por meio dos monumentos, praças, ruas, entre outros elementos que carregam em si, a impressão do passado. Assim, devemos compreender tais elementos urbanos como fontes históricas, ou seja, fontes urbanas, essas, por sua vez, nos trazem informações profícuas para a compreensão da lógica social do espaço urbano [Moraes, 2018, p. 178].

 

Tomando o espaço como fonte histórica podemos interpretar uma infinidade de lugares, na medida que os olhares que almejam a cidade se projetam para seus entornos consegue-se constatar isso. Ao passo da aceitação desta orientação lançada, entramos em um novo plano, do suporte necessário para contemplarmos tais informações, isto de acordo com que pede os padrões científicos do campo da história.

 

Desta forma, a metodologia da história oral permite-nos alcançar também aqueles “desvios” tão conceituados por Michel Certeau, para tanto essa façanha só se torna possível quando os ordenamentos que delimitam a metodologia são cumpridos da maneira correta, presenciando tal detalhe, percebemos na fala de Verena Alberti algo extremamente relevante:

 

Fazer história oral não é simplesmente sair com um gravador em punho, algumas perguntas na cabeça, e entrevistar aqueles que cruzam nosso caminho dispostos a falar um pouco sobre suas vidas. Essa noção simplificada pode resultar em um punhado de fitas gravadas, de pouca ou nenhuma utilidade, que permanecem guardadas sem que se saiba muito bem o que fazer com elas [Alberti, 2005, p. 29].             

 

Os aventureiros que enveredam os caminhos da história oral acabam por esbarrar nesse tipo de problemática, pois assim como os demais métodos científicos exigem o segmento de regras e modelos, a apreensão da oralidade também tem suas dificuldades, por conseguinte é através do cumprimento de tal que se alcança a eficiência necessária a uma ciência, algo que não se difere no campo da história. Seguindo esse modelo se procura atingir os bairros e assim poder formular sua “história”, sabendo que adquirindo o conhecimento do assunto a população poderá sentir-se representada e consequentemente ter o sentimento de pertencimento instaurado.

 

Apontamentos finais

 

O presente trabalho teve por finalidade discutir a respeito da importância dos estudos dos bairros, lançando a ideia de que cada lugar possuí sua história então para se compreender a conjuntura da cidade é necessário antes aprofundar os debates em torno das particularidades avistadas em cada espaço. Congregando do preceito que o ensino pode ser gerido por diversos métodos podemos demostrar através da temática que os bairros possuem diversos sentidos, dizeres e saberes. Percebendo tal premissa, cabe ao profissional encarregado do ensino nas escolas promover esse tipo de debate, fomentando a ideia de que os alunos aprendendo o conteúdo conseguirá sentir-se representado também no contexto histórico.

 

Portanto, nosso ensaio dentro do seus  objetivos procurou conduzir novos olhares para a história local, as pessoas que nesse âmbito habitam e convivem também possuem seu grau de importância, visto que são eles os responsáveis por dia-a-dia escrever e preservar a história das suas localidades. Em conjunto com a própria população o projeto também se mostra como uma alternativa a dar maior evidencia a temática no seio caxiense, devido a isto estamos de forma progressiva manuseando as informações e levando para aqueles que precisam, cabe ao historiador ou professor dentro de seus respectivos lugares de vivencia promoverem suas próprias analises, tendo em mente que nossos propósitos são os mesmos, de melhorar os métodos de ensino de história sabendo que só é possível fazer isso com o conhecimento necessário.      

 

Referências biográficas

 

Ruan David Santos Almeida – É acadêmico do curso de Licenciatura em História pela Universidade Estadual do Maranhão [UEMA], campus Caxias. Atua como pesquisador-bolsista do programa institucional de bolsas de extensão-PIBEX/UEMA. E-mail: ruandavid569@gmail.com. A pesquisa foi orientada pela prof. Dra. Mariangela Santana Guimarães Santos, que atualmente é professora efetiva na Universidade Estadual do Maranhão [UEMA] e desenvolve pesquisas nas áreas de Educação, História, Memória, Cidade e Patrimônio.

 

Referências bibliográficas

 

ALBERTI, Verena. Manual de história oral. 3.ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2005, 236p. [Livro]

 

BECKER, Bertha. O uso político do território: questões a partir de uma visão do terceiro mundo. In: BECKER, B.; HAESBAERT, R.; SILVEIRA, C. (Orgs.). Abordagens políticas da espacialidade. Rio de Janeiro, UFRJ, 1983, p.1-21. [Artigo]

 

LOPES, Francisca das Chagas Pereira. Processo de formação do bairro cangalheiro. Monografia (monografia em geografia) – UEMA. Caxias-MA, 42 p. 2000. [monografia]

 

Michel de Certeau. A Operação Historiográfica. In:______ CERTEAU, Michel de. A Escrita da História. Rio de Janeiro: Forense-Universitária, 1982. [Capítulo de Livro]

 

MORAES, Daniele reis de. Para além dos bens patrimonializados: a memória dos conjuntos habitacionais de Londrina e seus sentidos identitários (1967 a 1986). Revista patrimônio e memória, São Paulo, n. 2, p. 167-189, julho-dezembro, 2018. [Artigo]

 

NORA, Pierre. Entre Memória e História: A problemática dos lugares. Tradução de Yara Aun Khoury.  Revista Projeto História, São Paulo, n.10, p. 7-28, dez./1993. [Artigo]

 

PESSOA, Jordânia Maria. Entre a tradição e a modernidade: a belle époque caxiense: práticas fabris, reordenamento urbano e padrões culturais no final do século XIX. Imperatriz: Ética, 2009. [Dissertação]

 

POLLACK, Michael. Memória, esquecimento, silêncio. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 2, n.3, p. 3-15, 1989. [Artigo]

 

REIGOTA, M. O que é educação ambiental. São Paulo, Brasiliense, 1994. [Livro]]

6 comentários:

  1. Boa tarde. Muito legal o texto s super importante valorizar a história local. Bem, existe também um olhar para a parte do patrimônio material dos bairros? As casas, monumentos, etc.? Grato...Marlon Barcelos Ferreira

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Muito obrigado Marlon pelo seu comentário, percebemos a pouca valorização, para tanto os projetos tem ajudado nesse sentido.

      Excluir
  2. Ruan David Santos Almeida,
    Excelente trabalho, são objetos incríveis as relações entre sujeitos e espaço, Georges Poulet trás muitas contribuições ao tema com a interessante ideia de espaço proustiano, para locais onde sua memoria se relaciona com os indivíduos.
    Além disso, como se deu a escolha do bairro de Cangalheiro como um dos objetos e se existem outros bairros que em sua pesquisa lhe chamaram a atenção.
    Grato
    Jorge Luis de Souza Barbosa

    ResponderExcluir
  3. Muito obrigado pelo seu comentário, Jorge. A escolha se deu pela questão da escassez de fontes a respeito, sabendo que temos memórias riquíssimas a respeito dessa localidade a escolha foi fácil nesse sentido. Tivemos outros bairros também escolhidos pelo mesmo motivo.

    ResponderExcluir
  4. Ruan, parabéns pelo seu trabalho. Trabalhar com a história local pode ampliar as abordagens sobre memória, sobre sujeitos históricos, sobre a valorização e salvaguarda de espaços históricos. abraços

    ResponderExcluir
  5. Muito obrigado pela oportunidade, agradeço muito!

    ResponderExcluir

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.