Murilo Luiz Gentil de Oliveira

TURISMO RELIGIOSO NA FAZENDA MODELO DA UFMG PARA O DESENVOLVIMENTO LOCAL SUSTENTÁVEL

 

Introdução

 

A Fazenda Experimental de Criação de Pedro Leopoldo, hoje conhecida como Fazenda Modelo da Universidade Federal de Minas Gerais, foi instalada em 1918 na referida cidade, situada a 40 quilômetros de Belo Horizonte (MG) e é um espaço administrado pela Escola de Veterinária da UFMG desde 1993. Foi parte de uma iniciativa Federal de fomento à agropecuária que tornou Pedro Leopoldo referência nacional de gestão e produção agropecuária. A Fazenda foi construída nos moldes da arquitetura inglesa e grande parte de suas instalações ainda resistem ao tempo com força e elegância.

 

Um ilustre cidadão Pedro Leopoldense foi durante muito tempo funcionário desta Fazenda: Francisco de Paula Cândido Xavier, o Chico Xavier. Foi lá que o médium trabalhou como escriturário entre 1930 e o final dos anos 1950, produzindo parte de sua grandiosa obra literária. A Fazenda Modelo possui uma áres de 452 hectares. Lá, podem-se encontrar ipês, buganvílias, eucaliptos, jabuticabeiras, coqueiros, jequitibás, pau-ferro e inúmeras outras espécies da flora e da fauna brasileira. Já abrigou a sede do Laboratório Nacional de Referência Animal (LANAGRO), hoje Laboratório Nacional Agropecuário em Minas Gerais. Neste cenário, onde se misturam natureza e memória, funciona o Centro de Produção Sustentável da UFMG.

 

A infraestrutura da Fazenda Modelo é um dos fatores principais para classificá-la como um grande centro de pesquisa universitário. As pesquisas são de grande importância para o progresso da ciência e a Fazenda Modelo é uma continuação desta e com um grande potencial para exploração do Turismo Religioso, aproveitando o circuito já existente no município Pedro Leopoldo – Circuito Chico Xavier – e estendendo-o à referida Fazenda, proporcionando o Desenvolvimento Local - que por sua vez deverá ser sustentável - e mostrando-se útil tanto para a produção de diagnósticos quanto para a dimensão prospectiva da região.

 

Fazenda Modelo: o primeiro estabelecimento de indústria pastoril no Brasil

 

O primeiro estabelecimento de indústria pastoril criado no Brasil foi a Fazenda Riachuelo, em 6 de fevereiro de 1918 pelo Governo do Estado de Minas Gerais, com o título de  Granja Pastoril Riachuelo e por determinação do Presidente de Minas Gerais - cargo que corresponde hoje ao de governador - Delfim Moreira e foi destinada à experimentação da criação de gado leiteiro, afim de atender ao fomento da indústria de laticínios, então incipiente em torno da capital do Estado.

 

De acordo com as informações prestadas ao Processo número 76-DU/37, pelo então Oficial do Registro de Santa Luzia do Rio das Velhas - hoje município Santa Luzia - Sr. Álvaro Teixeira da Costa, a Fazenda pertencia ao Dr. Manoel Thomaz Carvalho de Brito, que a vendeu aos irmãos Hans Jansen e Ernesto Jansen em 8 de julho de 1913, tendo havido hipoteca no Banco Hipotecário e Agrícola de Minas Gerais, onde figurou como responsável o Governo do Estado. Esta hipoteca foi extinta por ter sido paga pelo Estado, que recebeu a Fazenda Riachuelo em pagamento, no então Distrito de Pedro Leopoldo, pequena vila de Santa Luzia - depois elevada a município - sob o Registro número 1869, página 20 do Livro de Transcrição número 3-B, conforme escritura de 14 de julho de 1917, lavrada pelo Tabelião de Belo Horizonte, o Sr. José Ferreira de Carvalho. A Fazenda Riachuelo funcionou assim até 1921, quando passou por mudanças pelo Decreto 14.711 de 5 de março deste referido ano.

 

Vale ressaltar que o Governo do Estado de Minas Gerais tinha grande interesse em se responsabilizar pelo pagamento da hipoteca, uma vez que possibilitaria estimular ali a criação de um haras de animais árabes que os irmãos Jansen trouxeram da Áustria e da Hungria, e ainda contribuir direta e indiretamente com o Estado na arrecadação de impostos provenientes de vendas de consignações, além de outras rendas oriundas do aumento da produção de leite e carne através de reprodutores que há muitos anos serviam a título de empréstimo a pequenos e grandes criadores mineiros.

 

O Governo que sucedeu a Delfim Moreira não se interessou na continuação do estabelecimento por considerá-lo muito oneroso, tendo entrado em entendimentos com o Governo Federal para que fosse continuado o projeto sob os auspícios do Ministério da Agricultura.

 

Assim, por Portaria do Ministério da Agricultura de 25 de julho de 1919, o estabelecimento foi recebido do Governo do Estado, para instituir-se nele uma Estação de Monta da Granja Pastoril Riachuelo, organizada de acordo com o Decreto número 13.011, de 4 de maio de 1918.

 

A propriedade foi doada pelo Estado de Minas Gerais, para a manutenção por parte do Ministério da Agricultura, de um estabelecimento de criação de bovinos das raças leiteiras para o fomento da produção de laticínios do Estado mineiro. Este funcionou com o título de Estação de Monta da Granja Pastoril Riachuelo até 25 de março de 1921, quando então, pelo Decreto número 1.471 foi elevado à categoria de Fazenda Modelo de Criação e em 25 de fevereiro de 1933, pelo Decreto 22.509, foi criada a Inspetoria Regional de Pedro Leopoldo em Minas Gerais, verificando-se a instalação e respectiva sede na antiga Fazenda Modelo de Criação de Pedro Leopoldo onde, por muitos anos manteve jurisdição do Fomento da Produção Animal do Ministério da Agricultura neste Estado.

 

Então, a Fazenda Modelo, na instalação da Inspetoria Regional, foi convertida em Fazenda Experimental de Criação. Título que mais tarde passou a ser apenas Fazenda de Criação de Pedro Leopoldo, mantendo ainda a Inspetoria Regional em seu interior.

 

Porém, até 19 de janeiro de 1937, não constava oficialmente que o Governo do Estado de Minas Gerais havia transferido a propriedade ao Governo Federal e era então cobrado pela União. Tanto que o Governo Federal criou uma Comissão, designada pela Portaria 410, de 13 de dezembro de 1968, do Sr. Ministro da Agricultura, para proceder a avaliação do patrimônio da Fazenda e examinar as condições financeiras da Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais, objetivando a cessão (de ceder) da referida Fazenda à citada Escola.

Em 1941, o então Presidente da República Getúlio Vargas, usando da atribuição que lhe foi conferida no artigo 180 da constituição da época, decretou através da Lei número 3.365 de 21 de junho do mesmo ano, desapropriações por utilidade pública em todo território nacional. Assim, conforme o Decreto-Lei 9.593, de 16 de agosto de 1941 e publicado no Diário Oficial de 19 de agosto do mesmo ano, folhas 11.860, o Governo Federal considerou de utilidade pública as terras confinantes com a agora Fazenda Modelo de Criação de Pedro Leopoldo, que foram estudadas para tal desde 1934, quando foram encaminhadas ao Governo Federal as propostas de venda pelos senhores Amando Filho, Francisco Silva e herdeiros da família Lúcio Camêlo.

 

Pelo citado Decreto-Lei, foram desapropriadas várias glebas de terras para ampliação da área da Fazenda, que se destinava à multiplicação de espécies, destinando os produtos ao abastecimento de reprodutores aos criadores e mantendo na época, para produção de leite, bovinos das raças Schwyz, holandesa preta e branca, Jersey, Guernsey, Gir, um pequeno plantel de equinos de raça árabe, suínos das raças Berkshire, Wessex Sadleback, Duroc Jersy, Poland Chine e ainda ovinos da raça Romney Marsh.

 

Não tendo sido possível a solução por compra através de várias providências adotadas em mais de doze anos consecutivos, de acordo com o Serviço Regional do Domínio da União em Minas Gerais, optou o Governo Federal pela desapropriação, conforme o decreto acima citado, que determinou a solução necessária quando mais premente se fizeram as necessidades da Fazenda, para continuar prestando cooperação eficiente aos trabalhos de fomento e valorização da indústria animal da época.

 

Naquele ano, a Fazenda possuía 252 cabeças de bovinos, 91 de equinos, 165 de ovinos e 128 de suínos, totalizando 636 animais e a área útil era de 300 hectares, situando deste modo mais de 2 cabeças por hectare ou 10 cabeças por alqueire geométrico, quando na Inglaterra – que era tida como modelo - no mesmo período, era padrão das melhores pastagens apenas 1 cabeça por hectare. Já em Minas Gerais, nas zonas produtoras de leite, observava-se como boa média 1 cabeça por alqueire ou 10 hectares por cabeça de gado.

 

Na Fazenda Modelo de Pedro Leopoldo, mantinha-se uma média de 10 cabeças por alqueire ou 2 por hectare, apresentando uma densidade populacional dez vezes maior que a normal em Minas Gerais e mesmo superior a que recomendava a Inglaterra e outros países de intensa exploração pecuária, demonstrando assim a urgente necessidade de ampliação da área.  

 

Em 26 de janeiro de 1946, quando o Presidente da República era Eurico Gaspar Dutra, os proprietários dos sítios vizinhos à Fazenda – Caetano de Azevedo Carvalho, Evangelista Filhos Ltda., Manoel Martins da Cunha, Mauricio Azevedo Carvalho, Antônio de Azevedo Carvalho e Romero Carvalho Filho - tentaram convencê-lo de uma desistência de desapropriação das terras no entorno, enviando-lhe uma carta, onde informavam da situação destes, em que se alegavam pequenos proprietários de terras em Minas Gerais e que pelo decreto 9.593 teriam suas terras desapropriadas. Eles alegavam inconveniência da desapropriação das terras e a falta de necessidade das referidas terras para a ampliação da Fazenda Experimental de Criação de Pedro Leopoldo.

 

Então, em 31 de outubro de 1955, foi concedida a posse dessas terras ao Governo Federal, em virtude de uma carta Precatória Citatória, tendo sido incorporadas ao acervo da Fazenda de Criação de Pedro Leopoldo, anexa a Inspetoria Regional. Houve recurso dos interessados e foi providenciada nova avaliação dos imóveis por não haver concordância de alguns proprietários e herdeiros quanto aos valores estipulados pelo Governo Federal.

 

A desapropriação abrangia seis áreas distintas, sendo que cinco destas, mesmo não concordando em primeiro momento, deram plena quitação com a avaliação oficial procedida em novembro de 1948, salientando que somente os interessados do Sítio Nhô Antônio, não se conformando com a solução havida, entraram com o recurso, por julgarem baixos os preços arbitrados.

 

Dimensão Sociocultural

 

No caso do objeto de estudo - a Fazenda Modelo - a dimensão sociocultural é sem dúvida a questão central das análises sobre a perspectiva da sustentabilidade naquele espaço, lembrando que não há como falar em sustentabilidade sem o homem como objeto central e sua relação com o meio ambiente extraindo dele, através de atividades econômicas, seu sustento, que o levará por diversos meios à relativa qualidade de vida.

 

A melhor forma de assegurar simultaneamente a sustentabilidade social e o crescimento econômico é, conforme Sachs (2004), partir de um objetivo que ele denomina de “supremo”, que tem de ser o emprego decente e/ou auto emprego para todos, pois assim, “[...] a ênfase seria colocada na distribuição primária de renda, em vez de se persistir com o padrão excludente de crescimento, a ser corrigido ex post por meios de políticas sociais compensatórias financiadas com a redistribuição de uma parcela do PIB”. (SACHS, 2004).

 

A noção de sustentabilidade progressiva, segundo Canepa (2007), trabalha a sustentabilidade como um processo pragmático de desenvolvimento sustentável. É dizer, reduzir a degradação do meio ambiente, mas também, concomitantemente, a pobreza e as desigualdades. O termo progressividade significa não adiar as decisões e as ações que importam para a sustentabilidade, trabalhando paulatinamente para romper os mecanismos e instrumentos que fazem com que a economia e a sociedade se desenvolvam em bases insustentáveis.

 

Chico Xavier

 

Francisco de Paula Cândido Xavier, mais conhecido como Chico Xavier, nasceu em Pedro Leopoldo (MG) no dia 2 de abril de 1910 e faleceu em Uberaba (MG) em 30 de junho de 2002. Foi um médium dos mais importantes e um dos maiores divulgadores da doutrina espírita no mundo. O turismo religioso em sua cidade natal já acontece e a casa onde ele nasceu é referencial obrigatório para quem pretende conhece-lo melhor.

 

Chico trabalhou na Fazenda na década de 1950 como escrevente e quando acabava seu expediente, seguia para outra casa na Fazenda Modelo, com a autorização do Sr. Rômulo Joviano, um dos melhores zootecnistas da época e diretor da Fazenda, que auxiliava Chico em seus afazeres religiosos. Assim, ele publicou 451 livros, vendeu mais de cinquenta milhões de exemplares e teve suas obras traduzidas para o inglês, espanhol, japonês, esperanto, italiano, russo, romeno, mandarim, sueco e em braile.

 

Espaço Cultural Chico Xavier

 

Em parceria com a FEB, foi criado o Espaço Cultural Chico Xavier, em uma das antigas edificações que preserva a sala onde ele trabalhou e psicografou algumas de suas obras, criando assim uma grande dimensão cultural e um interessante espaço histórico que possui também uma biblioteca e este espaço torna a Fazenda conhecida a nível nacional e internacional, por abrigar a casa do famoso médium e primeiro funcionário da Fazenda Modelo, que psicografou 412 obras relacionadas à doutrina espírita. 

 

Chico iniciou sua produção editorial nesta referida casa. Em 2 de abril de 2010 ele teria completado 100 anos de vida, o que gerou muita curiosidade em torno do espaço e do que a UFMG pretende fazer para preservá-lo, trazendo ao local uma “aura”, que Benjamin (1980) define como se fosse uma aparição única de uma realidade muito longínqua, por mais próxima que ela esteja. A recuperação da área contou com a criação e organização do museu, preservando sua sala de trabalho e a criação de uma biblioteca para guardar suas obras, trazendo desde então, muitos turistas de vários países para visitação.

 

Turismo Religioso

 

O Turismo Religioso entrou na chamada “indústria da fé”, com um consumismo exacerbado de objetos, adesivos para automóveis e excursões organizadas por grandes empresas que lucram de todas as formas possíveis, movimentando ainda um comércio paralelo, até mesmo de produtos contrabandeados, como ocorre em alguns templos bastantes conhecidos como Aparecida (SP), Círio em Belém (PA) e O Circuito Chico Xavier em Pedro Leopoldo (MG). E é bem verdade que o Turismo Religioso não acontece somente por pessoas religiosas, dando oportunidade a outras pessoas que buscam somente o lazer.

 

Então, devemos entender o turismo religioso como uma atividade turística envolvida em manifestações religiosas, confundindo-se muitas vezes com romarias e peregrinações, não deixando transparecer as fronteiras entre um e outro.

 

Desenvolvimento Local e Sustentabilidade

 

Desenvolvimento Local é hoje uma temática repleta de controvérsias e cheia de debates, com uma gama de possibilidades de conceitos, como afirmam vários autores que escreveram sobre este assunto, sem se esquecerem do controverso Desenvolvimento Sustentável, ambos controversos quando se avalia seus conceitos e também sua metodologias de medição e avaliação.

E quando se fala hoje em gestão de projetos urbanos ou mesmo o Desenvolvimento Local, uma matriz recorrente tem sido a da sustentabilidade. Esta, nascida no âmbito do discurso ecológico ainda nos anos 1980, vem sendo crescentemente aplicada ao urbano, ao ponto de se falar hoje em “desenvolvimento urbano sustentável”, que é entendido convenientemente como o processo de transformação capaz de criar as condições necessárias para a satisfação das necessidades da geração atual, sem pôr em risco as opções das gerações futuras.

 

Definir a sustentabilidade é realmente uma árdua tarefa, mesmo depois do Relatório Brundtland, criado em 1987. As abordagens que temos hoje vêm privilegiar aspectos funcionais e também econômicos, mas se mostram realmente insuficientes para uma abordagem do desenvolvimento urbano. E o problema começa na própria definição do conceito, uma vez que, para muitos pesquisadores, o termo sustentabilidade não teria sido ainda definido claramente, de um modo que possa ser aceito por todos.

 

Alguns acreditam que o postulado da sustentabilidade teria sua origem na engenharia florestal, significando ali que só pode ser retirada uma determinada quantidade de madeira correspondente à quantidade que foi ou será reflorestada. Essa discussão se aplica efetivamente aos recursos renováveis, sendo inócua sua aplicação quanto aos recursos não renováveis.

 

 

Veiga (2012) esclarece que o termo desenvolvimento sustentável não deve ser visto como um conceito, mas como um novo valor que foi inaugurado na era moderna, assim como a do Relatório Brundtland, mas que é também falho ao abordar a necessidade, que se torna relativo a cada pessoa ou mesmo a cada nação. E afirma ainda que, para garantir o futuro, dependemos muito mais das oportunidades que temos e das escolhas que fazemos, do que do atendimento a supostas necessidades que apresentamos. E encerra afirmando que “até mesmo a definição mais aceita é facilmente criticável”.

 

O economista Streeten (1995), afirma que a sustentabilidade que realmente interessa ao ser humano, por uma simples questão de sobrevivência, é na manutenção, na reposição e no crescimento dos ativos de capital, sejam eles físicos ou humanos, assim como na manutenção de condições físicas ambientais dos fatores que contribuem ao bem-estar e na melhor resistência aos choques dos sistemas terrestres, capacitando-os para a absorção de choques e também de eventuais crises, evitando a transferência de dívidas de qualquer espécie, sejam elas ecológicas ou financeiras, para as futuras gerações. Ainda, fazer o que quer que seja ao contrário disso, é o mesmo que promover não a sustentabilidade, mas sim a insustentabilidade.

 

Conclusão

 

Desde sua criação, a Fazenda evoluiu em direção a um modelo de desenvolvimento tecnológico sustentável, aprofundado agora com a possibilidade de exploração do turismo religioso. O município Pedro Leopoldo atrai espíritas do mundo inteiro, que querem conhecer, tocar ou simplesmente ver os objetos, a casa, lembranças...

 

Por outro lado, organizações promovem viagens e excursões que possam levar estas pessoas ao local desejado e acabam por promover um desenvolvimento da região que passou a ser chamado de Desenvolvimento Local. Mas por sua vez, este não pode sobrepujar o Desenvolvimento Sustentável, que cria tanta polêmica quanto o primeiro.

 

A Fazenda Modelo é uma área de intenso verde, nascentes e riquíssima em flora e fauna. Sua administração deverá estar atenta ao desenvolvimento da região, em especial no que tange ao turismo religioso, que já não fica somente na cidade natal de Chico Xavier, uma vez que já se tornou intenso também na Fazenda, onde o médium psicografou suas primeiras obras. Atentos à sustentabilidade, os administradores desta devem controlar e organizar a entrada dos turistas, desde sua chegada, caminhos percorridos e saídas destes, uma vez que mesmo sendo turistas religiosos, muitas vezes acabam por confundirem locais de peregrinação com lazer.

 

Referência Biográfica

 

Ms Murilo Luiz Gentil de Oliveira , Mestre em Ambiente Construído e Patrimônio Sustentável, Bacharel em Ciência da Informação, Licenciado em História, Professor da SEE/MG.

 

Referências Bibliográficas

 

CANEPA, Carla. Cidades sustentáveis: o município como lócus da sustentabilidade. São Paulo: RCS Editora, 2007.

 

SACHS, Ignacy. Desenvolvimento: includente, sustentável, sustentado. Prefácio de Celso Furtado. Rio de Janeiro: Garamond, 2004.

 

STREETEN, P. Thinking about development: Raffaele Mettioli Lectures. Cambridge: Cambridge University Press, 1995.

 

VEIGA, José Eli da. Desenvolvimento sustentável: o desafio do século XXI. 3. ed. Rio de Janeiro: Garamond, 2008. 226 p.

 

9 comentários:

  1. Thais Gaia Schüler25 de maio de 2021 às 13:30

    Boa tarde, Murilo. Que ações relacionadas à preparação da comunidade local para o receptivo turístico estão sendo pensadas para o desenvolvimento turístico da Fazenda?

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  2. Boa tarde!
    Caríssima Thais,
    Tem no papel projetos maravilhosos. São ligados à UFMG, como projetos de extensão, iniciação científica entre outros.
    Efetivamente, nenhum está sendo realizado.
    É lamentável.

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  3. Boa tarde. Muito bacana o texto. Bem, além da questão do turismo religioso e sua ligação com Chico Xavier, existe uma valorização pelo lado da história local? Pois fazenda teve um papel importante no localidade. Ele é também lembrado ou apenas o lado religioso? Grato, Marlon Barcelos Ferreira

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  4. Grato Marlon.
    Não há, por parte da UFMG, uma preocupação com a história, tanto da Fazenda Modelo, quanto da local. Quem se dedica sobre o tema são os espíritas.
    Contei a história da fazenda em:

    https://semanaacademica.com.br/artigo/historia-da-fazenda-modelo-da-ufmg-em-pedro-leopoldo-mg

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  5. Murilo, parabéns pelo seu trabalho. O que você apresenta nos mostra o quanto esse espaço de memória pode ser abordado historicamente. abraços

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  6. Olá!
    Devemos nos debruçar sobre o local e buscar agora a história oral, uma vez que são poucos os documentos.
    Grato,

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    1. Olá, Murilo, tudo bem?
      Parabéns pela pesquisa, temática super interessante.
      Realmente, ao ler seu trabalho, pensei como seria relevante a utilização da história oral como metodologia, contribuindo, inclusive, como uma boa saída para essa questão da escassez documental. Acredito que sua pesquisa ficará mais ampla em possibilidades de se trabalhar a história local. Nesse sentido, você consegue perceber quais seriam os sujeitos chave para iniciar suas entrevistas?
      Atenciosamente,
      Camila de Brito Quadros.

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  7. Murilo, tenho outra pergunta...
    Vi que sua formação é muito rica, Mestre em Ambiente Construído e Patrimônio Sustentável, Bacharel em Ciência da Informação, Licenciado em História, e ainda tem a questão do turismo religioso em sua pesquisa. Fiquei pensando nas possibilidades de se desenvolver um projeto no âmbito prático que envolvesse seus interesses e habilidades. A ciência da informação, por exemplo, pode ser ferramenta de projetos que envolvem o patrimônio cultural e a história. Aliar a esses elementos a sustentabilidade e o turismo... enfim, são minhas percepções das variadas possibilidades de projetos de acordo com sua formação, aliás parabéns!
    Mas a pergunta que gostaria de te fazer é bem objetiva: O que você entende/defende como patrimônio sustentável?
    Atenciosamente,
    Camila de Brito Quadros.

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  8. Olá, Murilo, tudo bem?
    Parabéns pela pesquisa, temática super interessante.
    Realmente, ao ler seu trabalho, pensei como seria relevante a utilização da história oral como metodologia, contribuindo, inclusive, como uma boa saída para essa questão da escassez documental. Acredito que sua pesquisa ficará mais ampla em possibilidades de se trabalhar a história local. Nesse sentido, você consegue perceber quais seriam os sujeitos chave para iniciar suas entrevistas?
    Atenciosamente,
    Camila de Brito Quadros.

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