Maria Isabel Giraldo Vasquez e Juan Fernando García Castro

RECONSTRUÇÃO DE IMAGINÁRIOS E MEMÓRIAS COLETIVAS BASEADA NA CORRESPONDÊNCIA FAMILIAR

 

A correspondência não era apenas mais uma atividade do dia a dia dos cidadãos [...]; foi, e continuaria a ser durante boa parte do século seguinte, a actividade por excelência de uma sociedade que, como os homens e mulheres que a constituíram, era fundamentalmente epistolar. Por meio das cartas e graças às cartas o mundo então se moveu, como se move hoje pelas e apesar das redes digitais (Blas, 2015, p. 99).

 

Esta comunicação faz uma aproximação teórica desde a história a cultura material à análise de uma prática abandonada que, é preciso dizer, foi decisiva nos processos de comunicação até meados do século XX na Colômbia: a comunicação epistolar. Em tempos em que a tecnologia e os teclados substituíram a escrita "manuscrita" e onde questões tão simples como relatar os problemas da vida diária por meio de cartas tem estado sendo  apagadas nas preocupações do mundo contemporâneo, é necessário rastrear o passado através de vários objetos que constituem a cultura material da prática epistolar, e que nos permitem compreender os modos de ser, estar e viver o cotidiano no passado, os imaginários e consequentes construções de memórias colectivas.

 

A comunicação epistolar funciona como uma conversa retardada e a partir da escrita como suporte. O diálogo se instala na base da prática epistolar, na escrita permanece o traço de uma voz que fala desde outras latitudes temporais e espaciais, dai que podemos apontar nesta prática as instâncias de enunciação que revelam um "aqui" e um "agora", um "eu" e um "você" (Benveniste), e que indicam circunstâncias de comunicação que nos permitem identificar um eu e você de carne e osso, localizados em coordenadas espaço-temporais específicas. Hoje estamos presenciando outras dinâmicas da comunicação midiática e o ciberambiente que configuram os “lugares da memória” de nosso tempo, muito diferentes dos tradicionais (Duch e Chillón, 2012, p. 399).

 

Os objetos adquirem um valor como elementos que condensam a memória coletiva, nos dão estabilidade e permitem que as relações sociais adquiram sentido. Além disso, eles se tornam conectores entre um presente vivo e um passado evocado e lembrado. Nesse sentido, os objetos revelam o fato do que o ser humano jamais deixará de lutar entre a memória e o esquecimento, e nessas tensões os objetos se instituem como autênticos símbolos: erigem o mundo, o “nós” e o “eu”, e se atualizam a cada “aquí” e “agora” como uma história pessoal.

 

Em relação à memória, Duch e Chillón afirmam que “é um agente decisivo de configuração de sentido, capaz de articular quaisquer intervalos em um presente permanentemente contextualizado e operativo” (Duch e Chillón, p. 403). Também diferenciam três dimensões da memória que vale a pena mencionar: biográfica, comunicativa e cultural:

“A biográfica consiste no que um determinado sujeito vivencia e lembra. A comunicativa, no que determinado grupo que compartilha um substrato de experiência é capaz de lembrar. E a noção de memória cultural, por sua vez, alude ao conjunto de expressões da tradição; Tem uma certa objetividade que vai além de qualquer idiossincrasia; não é exclusivo de nenhuma geração nem indivíduo; e atua como uma segunda natureza que eles devem 'incorporar' ”. (Duch e Chillón, p. 400).

 

 Comunicar-se por meio da escritura a mão manifestada na correspondência e nas cartas ou epístolas é uma das formas de expressar e comunicar nossas experiências, pensamentos e sentimentos, e ao longo do tempo adquirem valores como objetos culturais e patrimoniais, que são herdados e transmitidos de geração para geração. Falamos então de objetos culturais e patrimoniais no sentido que Martínez Juez o expressa para quem "... as coisas (quem as criou ou descobriu ou onde quer que estejam) são reconhecidas como herança da humanidade, e permitem evoluir -biológica e culturalmente - ao indivíduo, para além da comunidade ou da classe social a que pertence ”, e que em algum momento  teve uma presença marcadamente local e, portanto, condicionada pelas práticas tradicionais da sua comunidade (Martínez Juez, F., 2003, p. 45). Para Candau, por outro lado, a concepção moderna de patrimônio é entendida como: “vínculo eletivo com certos vestígios do passado ou certas heranças que se relacionam tanto com o material quanto com o ideal, tanto com o natural quanto com o cultural "(Candau, 2002, p.88).

 

A comunicação epistolar e a troca de correspondência constituem um fenômeno sociocultural que possui uma temporalidade específica, uma objetualidade, usos e costumes, bem como efeitos culturais que podem ser analisados. No centro desta prática comunicativa está a carta como objeto, como uma peça da cultura material sobre a qual o ato comunicativo ocorreu. A carta é um objeto, um papel escrito com histórias pessoais, embrulhado em envelope lacrado, selado e inserido em todo um sistema postal que garante a circulação das informações.

 

Como meio, a carta intercede infalivelmente entre a distância no tempo e no espaço do remetente e do destinatário; e como fim, a carta permite fazer circular histórias, notícias, emergências, intimidades, saberes: narrativas da época a que pertencem. Portanto, a questão que envolve este artigo está relacionada à prática da escrita epistolar como um fenômeno complexo, com dimensão material, comunicacional e simbólica. Agora, para compreender a complexidade do fenômeno epistolar, propõe-se abordar através do estudo as dimensões objetivas, comunicacionais, mas sobretudo simbólicas da prática social, de forma que a evidência material da prática epistolar nos permita compreender a complexidade de uma  prática social comunicacional por meio do papel social que um objeto adquire em um contexto, além dos usos e narrativas que esse fenômeno contém.

 

Correspondência familiar

 

A correspondência familiar torna-se um objeto multifacetado que envolve não apenas uma narrativa familiar, mas também todo um quadro social e cultural que permite compreender aspectos econômicos, sociais, religiosos e políticos, tradições, costumes, modos de ser e pensar, bem como relações de poder  e gênero, desde o ponto de vista de uma pessoa "comum" que os vive e os escreve. Por meio das cartas, o estudo da vida cotidiana é possível a partir da simplicidade e coloquialidade com que foi escrita essa correspondência.

A correspondência entre parentes está inserida na cultura material de uma sociedade, toda vez que, com ela era possível uma comunicação mais simples, direta, coloquial e sentimental. Antes do boom que o e-mail ou o bate-papo têm hoje, as pessoas escreviam cartas para compartilhar as suas experiências, para satisfazer a necessidade de se comunicar, para contar e narrar os acontecimentos; as cartas à mão, depois datilografadas, e o gênero epistolar cumpriram, durante anos, as funções comunicativas e mediadoras do rádio, da televisão e do telefone. A correspondência passou a ser o melhor meio de comunicação e expressão de momentos, sentimentos, memórias para que também estes não se perdessem com o tempo.

 

O gênero epistolar está na base de disciplinas como a Literatura e a filosofía. Neste último, Sêneca é um exemplo claro, que optou por esse meio de expressão para garantir uma melhor influência sobre seu interlocutor, como se vê nos escritos consoladores. No campo literário, as cartas de Abelardo e Eloísa, as de Kafka endereçadas a Milena, ou as de Poe e Goethe são referências.

 

A correspondência pode ser analisada como fonte historiográfica, as cartas permitem o estudo da história cotidiana permitindo novas apreciações para o estudo da história cultural e dos costumes: nelas, são referenciados alguns eventos históricos importantes que podem ser estudados a partir deles e à luz de as narrativas de uma vida cotidiana.

 

Se tem evidenciados os vestígios existentes e compilações de correspondência entre famosos, políticos, empresários, artistas, escritores, que dão conta da situação política e económica do país, mas é necessário também, a partir da história cultural, fazer uma reconstrução desses momentos, trabalhar com a microhistoria para entender também como os grandes acontecimentos são retratados e comentados pelo cidadão comum.

 

A correspondência familiar era então utilizada como único meio de comunicação entre os membros da referida família; lá eles relataram experiências, a vida cotidiana e algumas ideias de vários tipos (políticas, sociais, econômicas, morais), portanto, tornaram-se o objeto que mantinha as relações familiares quando a distância reinava; eram um objeto nômade que amenizava a sensação de afastamento. Por meio dessa correspondência, é possível rastrear informações sobre o contexto familiar, as relações domésticas e parentais, a transmissão e construção de memórias e imaginários coletivos.

 

Desde o ponto de vista da história cultural, a correspondência e as cartas constituem um patrimônio tangível (Martínez Juez, 2003 e Candau, 2002), e o suporte material para a memória de um determinado grupo social que carrega consigo um caráter simbólico e cultural. O objeto, aqui entendido como uma carta, uma foto ou qualquer outro elemento inserido na correspondência, é tratado para responder a questões como: como se constrói a memória a partir da correspondência? Como as relações sociais são evidenciadas nesses elementos? Como se constrói uma história do quotidiano através da correspondência e da escrita epistolar? Questões que têm como pano de fundo a ideia que os especialistas têm tido sobre a oralidade e a escrita (L. Bohannan, WJ Ong, EA Havelock e J. Goody) segundo a qual a memória é organizada de maneira diferente quando as memórias e os modelos de memória estão disponíveis por escrito.

 

Essas questões também permitem trabalhar a partir de metodologias das ciências humanas e sociais e visam aprofundar aspectos relacionados às manifestações culturais e simbólicas que se revelam nas narrativas e nos objetos contidos na correspondência familiar. Essas preocupações respondem à necessidade de explicar a prática epistolar através da condição material do objeto que se vincula a um fenômeno comunicativo e cultural mais complexo, da mesma forma, estabelecer vínculos e realizar interpretações desde aspectos como a antropología, a cultura material, a filosofia para estimular a apropriação coletiva do simbólico, onde a compressão dos processos sociais do multiculturalismo, da diversidade e da transdisciplinaridade é permitida.

 

Suportes conceituais

 

A correspondência como objeto documental que permite construções de história e memória coletiva é compreendida a partir das abordagens de Maurice Halbwachs (2004) e Jacques LeGoff (2003), também sob as concepções e relações dos objetos para a cultura e nela, e a reconstrução de uma vida social e familiar cotidiana. Tudo isso tendo em conta a natureza das fontes trabalhadas, que, neste caso, constituem testemunhos diretos de vidas narradas e contadas em cartas.

 

Torna-se pertinente, então, realizar uma abordagem conceitual a partir de aspectos gerais em relação à escrita de cartas e de correspondência, entendendo-as como objetos que atuam como ponte e meio de comunicação, geralmente por escrito, sob um substrato (papel), entre duas ou mais pessoas distantes no espaço e também no tempo (porque se lê no futuro, uma carta escrita no passado sobre um tema presente).

 

Nesse sentido, a correspondência familiar como objeto documental faz parte do que Diez Carrera (1998) denomina de “materiais especiais” e onde se combinam com a definição de um objeto cultural que pode ser analisado não só a partir do seu componente textual, mas também das suas cargas simbólicas, onde é possível repensar as cartas e a correspondência como um bem cultural, como um objeto que carrega um valor enquadrado na história cultural de um grupo social.

 

Os conceitos teóricos tratados por Jaques Le Goff (2003) são importantes também, no que diz respeito às construções da história e da memória coletiva. Aqui é necessário compreender e tratar as cartas e as correspondências como suporte material para a memória, mas também para a história, nesse sentido, são tratadas como documento quanto como monumento. Os materiais da história e da memória são apresentados como monumentos, herdeiros do passado, que permanecem no espaço-tempo, e documentos, por outro lado, que são "escolhidos" pelo historiador.

 

A correspondência, neste caso, permite realizar um trabalho para  reconstruir histórias do quotidiano familiar, mas também memórias e imaginários coletivos: o interesse pelo assunto "comum" leva a compreender a importância que se dá aos documentos, onde os factos e a linearidade dos acontecimentos não é tão importante como é um dado que leva a uma memória, que pela sua vez conduz a uma história múltipla e descontínua, mas também a importância do monumento, que tem a capacidade de documentar e ilustrar essa " Vida simples "das pequenas histórias que constroem uma memória coletiva e uma história não linear.

 

Da mesma forma, o sociólogo Maurice Halbwachs (2004) nos oferece suporte conceitual quando se trata de objetos e da cultura material. Cada carta guarda uma relação com a sociedade onde é feita, torna-se um património tangível, onde é possível verificar as ideias do momento e revelar de forma oculta uma imagem do tempo vivido. Nos objetos, são depositadas coisas do cotidiano que estão repletas de memórias e oportunidades para a memória de um grupo (família). Segundo Halbwachs, esses objetos não só refletem a cultura de uma sociedade, mas também são capazes de explicar os laços que unem o grupo, assim, um móvel, uma roupa, um utensílio ou um produto (uma carta) evocam a memória de a vida social que ali se manifestava: “as coisas trazem lembranças” como se diz cotidianamente. É aqui que o apego de um determinado grupo a um lugar ou objeto surge como um mecanismo para manter viva aquela memória coletiva. Assim, é possível pensar os objetos e mais especificamente a correspondência como elementos que fazem parte dos “lugares de memória” de Pierre Nora (2008), elementos que fazem parte do cotidiano e que juntos evocam uma série de valores sociais que constroem memórias, imaginários e relações sociais.

 

A correspondência também representa para os leitores fora do tempo e espaço originais uma evidência de alguns eventos públicos e privados que  começam a se tornar uma fonte primária para a reconstrução de uma história da vida social e cotidiana, e uma história familiar. Nesse sentido, a obra da historiadora mexicana Pilar Gonzalgo Aizpuri (2006), torna-se suporte teórico e conceitual. Gonzalgo se vincula à antropologia procurando testemunhos históricos desde seu ponto de vista para colocar questões pertinentes que nos permitam reconhecer e compreender o modo de vida e as concepções sociais dos autores dessa correspondência: o que ele chama de antropologia cultural. Dessa forma, é possível pensar em trabalhar a história cultural de uma família ou de determinado grupo social, compreendendo as atividades cotidianas, como o ato de escrever e ler cartas, bem como o que nelas se reflete:  O exercício de observação de costumes, aparentemente simples, espontâneos ou banais, é onde podem ser analisadas as estruturas e relações culturais, sociais e familiares.

 

Considerações  finais

 

O estudo da correspondência familiar sob a configuração da análise das ciências sociais permite o conhecimento da história da vida social e da pequena vida, visto que através dessa correspondência se evidenciam elementos culturais, simbólicos e sociais que permitem a construção de uma história da cultura material e da vida cotidiana.

 

O valor das cartas e correspondências como elementos colecionadores de histórias e tradições pode ser abordado à luz da história, da antropologia e da filosofia, pois permite pensar sobre seu valor patrimonial para estudar fenômenos culturais de identificações e representações de memórias e imaginários coletivos.

 

A escrita de cartas é uma prática cultural complexa, é um ato comunicativo e expressivo da memória que gera uma materialidade com carga simbólica individual, mas que, como hábito, gera memória coletiva. A carta como peça, está imersa entre outros dispositivos técnicos específicos concebidos para esse fim que compõem um sistema mais amplo de objetos: papéis, canetas, tintas, envelopes, selos, abridores de cartas, mesas com iluminação específica, etc.

 

 A conotação íntima da produção epistolar, além do referido sistema de objetos, faz que a carta seja para quem intervém no ato comunicativo um objeto de culto, onde o objeto representa o encontro entre os "distantes", pois ao ser escrita à mão, preserva as falas, a memória e o gesto de quem o escreve. Assim, a produção epistolar assume uma dimensão afetiva, o que torna o objeto significativo à medida que aumenta sua carga subjetiva: manuscrito à mão, com erros, tachas, desenhos, sinais que conferem maior veracidade e intimidade à escrita, de modo que sua materialidade transcenda para uma dimensão sensível, sensitiva e simbólica mais complexa. A carta, portanto, além de ser um objeto que empacota memórias íntimas, é um dispositivo de construção e circulação da memória coletiva.

 

Referências biográficas

 

Mg. Maria Isabel Giraldo Vasquez. Professora pesquisadora do departamento de Design no Instituto Tecnológico Metropolitano de Medellín- Colômbia, estudante de graduação em História da Universidade Pontifícia Bolivariana.

 

Dr. Juan Fernando García, Professor e pesquisador no departamento de Teologia, Filosofia e Humanidades da Universidade Pontifícia Bolivariana de Medellín, Colômbia. Atualmente é editor chefe da Revista Escritos no mesmo departamento.

 

Referências bibliográficas

 

Blas, V. S. 2015. Cartas para todos: Discursos, prácticas y representaciones de la escritura epistolar en la Época Contemporánea. In Castillo Gómez, A. (Ed.), Culturas del escrito en el mundo occidental: Del Renacimiento a la contemporaneidad. Casa de Velázquez. Recuperado de http://books.openedition.org/cvz/1332

 

CANDA U, Joel. 2002. Antropología de la memoria. Buenos Aires: Nueva Visión.

DIEZ,C, C. (1998). Los materiales especiales en las bibliotecas. Gijon, España: Trea

DUCH, LLUÍS Y CHILLÓN, Albert. (2012). Un ser de mediaciones. Antropología de la comunicación, Vol I. Barcelon: Herder.

 

GONZALBO, P.(2006) Introducción a la Historia de la vida cotidiana. Ciudad de Mexico, Mexico: Colegio de México.

HALBWACHS , M. (2004). La memoria Colectiva. Zaragoza, España: Editorial Prensas Universitarias de Zaragoza

 

LE GOFF, J.(2003). Historia e memória. Campinas. Brasil: Editora Unicamp

MARTÍNEZ,J, F. (2003). Patrimonio. México (edición mecanografiada)

 

NORA, P. (2008).Los Lugares de la Memoria. Montevideo, Uruguay: Ediciones Trilce

 

SERRANO, P.A. (2012). Historias de Familia. Ciudad de México, México: Instituto Nacional de Estudios Históricos de las Revoluciones de México.

 

6 comentários:

  1. Parabéns pelo texto, quando vi o título do trabalho de vocês logo me interessei, pois as cartas me acompanharam durante todo o mestrado em um trabalho sobre poder e articulações da matriarca Anna Spínola, mãe do nosso grande educador Anísio Teixeira e sua história e de seus familiares estão registrados na nossa cidade - Caetité/BA, terra natal do educador.
    Realizei também em sala de aula várias oficinas utilizando as correspondências para saber explanar assuntos referentes a história local e nacional. Gostaria de saber se vocês já levaram para o ambiente escolar as correspondências familiares.
    Vou deixar o meu e-mail caso queiram trocar experiências sobre as correspondências e gostaria de saber mais sobre a revista Escritos, pois tenho interesse em enviar um artigo para publicação.

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    1. Prezada Jumara, Muito obrigados pelo seu interesse. Para responder a suas perguntas:
      Ainda não levamos pra aula as correspondências. Neste momento o nosso projeto de pesquisa está sendo estruturado e planejamos começar o próximo semestre. Seria muito interessante trocar idéias como você sobre a sua experiência !! Também deixamos aqui o nossos e mails. mariavasquez@itm.edu.co e juanf.garcia@upb.edu.co
      Em relação à revista Escritos, agradecemos seu interesse. A revista Escritos recebe contribuições nas seguintes linhas: Ética e Antropologia Filosófica; Hermenêutica, Estética e Línguas; Estudos Clássicos; e Literatura e Pensamento Latino-americanos. Atualmente a convocatória para a recepção de artigos está aberta. Temos o prazer de compartilhar o link da página onde você encontrará as instruções para os autores: https://revistas.upb.edu.co/index.php/escritos "

      Atenciosamente,
      Juan Fernando y Maria Isabel

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  2. Gratificante a leitura e a abordagem trazida nesta comunicação. É interessante observar como foi tecido a metodologia para as análises das cartas, inclusive pode ser um ponto que posteriormente pode vim a ser trabalhado em outros estudos. Parabéns. Uma pergunta: Vocês constituíram um acervo de cartas para uma maior divulgação e construção de trabalhos futuros ou mesmo já existe algum constituído que colete esse tipo de documentação?
    Abraços

    Diógenes Mendes Calado

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    1. Caro Diógenes, obrigado pelo seu comentário. A investigação analisará um corpus de cartas de um sacerdote franciscano na Cidade de Medellin- Colombia nos anos 60. O objetivo é retratar um contexto sociocultural de grande importância para nosso território (como a presença da Teologia da Libertação) a partir da correspondência familiar. Na cidade de Medellín temos referências que nos permitem lançar-nos a desenvolver esta proposta, uma delas é a correspondência entre o ex-presidente Carlos E. Restrepo e seu genro, o escritor, poeta e filósofo Fernando Gozález. Desta correspondência há uma publicação interessante que compartilhamos com você: https://www.otraparte.org/fernando-gonzalez/ideas/1922-correspondencia/. A publicação Cartas de una cartagenera também serve como referência. Josefa Gordon de Jove 1845-1849, editado por Patricia Aristizabal Montes para uma importante Coleção do Bicentenário da Colômbia. Compartilhamos a revisão do referido estudo: https://repositorio.unal.edu.co/handle/unal/49622
      Atenciosamente,
      Juan Fernando y Maria Isabel

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  3. Olá Maria e Juan, parabéns pelo texto.
    Gostaria de perguntar como trabalhar as correspondências em sala de aula, de modo a despertar o interesse de alunos, cada vez mais conectados em conversas virtuais.
    Essa metodologia pode se estender ao uso das conversas no mundo virtual também?

    Marcos de Araújo oliveira

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  4. Maria Isabel e Juan, parabéns pelo trabalho. O uso de cartas é um diferencial nas análises históricas que (re) contam outras memórias. Abraços

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