Antonio Alves Bezerra

ENSINO DE HISTÓRIA E LINGUAGEM: “A PRIMEIRA MISSA NO BRASIL” DE VICTOR MEIRELLES E “A PRIMEIRA MISSA NO BRASIL” DE CÂNDIDO PORTINARI – DIFERENÇAS E SEMELHANÇAS

 

O tema: breves considerações

 

O escrito busca dentre outras questões, propor o planejamento e regência de aulas de história a partir da elaboração de projetos temáticos que norteará caminhos para um ensino de história reflexivo acerca da construção e desconstrução dos discursos, de práticas segregacionaistas e poderes hegemônicos de grupos que têm buscado ambientação e legitimidade no cenário político atual e em tempos pretéritos. Nesse aspecto, sugiro a utilização de duas obras de artes produzidas em lugares distintos por pintores diferentes em tempos distintos para retratarem um mesmo acontecimento histórico datado e carregado de representações, dentre as quais se destacam os modos dos artistas conceberem o mesmo acontecimento, sendo um destes revelando a suposta “vitória” do colonizador sobre os “selvagens” nativos. Na outra tela artista desvela o cenário com certa aproximação da cena real do acontecimento que também versava sobre a primeira missa celebrada no Brasil pelo então Frei Henrique Soares de Coimbra, buscando dentre outras questões desvelar na cena retratada tão somente a presença de integrantes do clero, alguns outros cidadãos de origem portuguesa partilhando daquele momento.

 

Ou seja, as obras de artes em questão se reportam ao mesmo acontecimento (a primeira missa no Brasil), porém, com interesses distintos por parte dos seus criadores. Nesse interim, o que se pretende neste ensaio não é uma análise crítica das obras em apreço, mas evidenciar o potencial das mesmas na compreensão da história, na desconstrução de discursos hegemônicos sobre os nativos brasileiros, na compreensão do ser cidadão a partir da ocupação de um lugar negado historicamente, seja nos documentos escritos, seja nas artes. Portanto, o trabalho com o projeto temático levará estudantes e professores de história a desenvolverem novas formas de compreenderem os fatos históricos que marcaram as experiências do homem em seu tempo, parafraseando Marc Broch (2001).

 

As reflexões e possibilidade de ação didática para a constituição e implementação de aulas de história para a Educação Básica faz parte da Monografia apresentada ao Programa de Pós-graduação lato senso: “Especialização em Ciências Humanas” da UNICAMP no ano de 2006. Originalmente o texto apresentava uma sequencia de cinco ações didáticas para serem desenvolvidas no Ensino Médio, podendo ser adaptadas para outros anos da Educação Básica. Portanto, o escrito reporta-se a seção II da referida Monografia para discorrer acerca das possibilidades do trabalho com imagem enquanto linguagem para o ensino de História.

 

A época da apresentação da Monografia à UNICAMP/IFCH por motivação das discussões e reflexões acerca do texto de Jorge Coli (2012): “A pintura e o olhar sobre si: Victor Meirelles e a invenção de uma história visual no século XIX brasileiro” e ao rever o texto senti a necessidade de acrescentar uma obra de arte sobre a mesma temática para um comparativo na implementação da ação em espaço escolar. Assim, pautando-me nas leituras e reflexões dos autores aqui referenciados optei pela inserção da obra de arte “A primeira missa no Brasil” de Victor Meirelles (1861) que, de acordo com Couto (2008, p.164), o artista “buscou recriar um fato passado, determinante na reconstrução das origens da nação brasileira”. Assegura, ainda, que o pintor pautou seu trabalho não apenas em fontes históricas, como o uso da Carta de Pero Vaz de Caminha, mas, “procurou fontes iconográficas que o auxiliassem na composição e que legitimassem seu trabalho perante crítica e público”.

 

No sentido de melhor interpretar os discursos hegemônicos presentes nas obras de artes ou em qualquer outro material didático que venha ser utilizado nas aulas de história da Educação Básica é mister buscar o contraponto nas informações presentes nas linguagens, essa atitude me parece um caminho profícuo do ponto de vista pedagógico para as aprendizagens históricas. Nesse sentido, busquei a contraposição no trabalho de Cândido Portinari (1948), cuja obra apresenta o mesmo título do artista anterior, aparentemente trazendo elementos que possibilitam interpretação oposta à clássica obra de Meirelles, um dos pontos a serem tratados no Projeto Temático que descreverei mais adiante. Reportando-se a um trecho do artigo de Mario Pedrosa publicado no então Jornal Correio da Manhã do dia oito de agosto de 1948, Couto (2008, p, 166) pondera que Pedrosa “contrapõe a composição de Portinari a de Vitor Meirelles, defendendo a radicalidade do pintor de Brodósqui e ressaltando o aspecto antinaturalista do painel”. O trecho diz o seguinte:

 

“Enquanto a versão de Vitor Meirelles [era] nitidamente naturalista, subordinada à realidade histórica, a detalhes pitorescos da natureza, com índios espantados em volta (...) em Portinari, essa suposta realidade histórica não existe. Tampouco preocupa-se ele com as descrições da carta de Pero Vaz, com o pitoresco intrínseco à cena, paisagens e personagens coloridas, mataria tropical densa, selvagens nus ou seminus, de cocares e penas, bichos” (COUTO, 2008, p.166).

 

O Projeto Temático: possibilidades de aprendizagens históricas

 

Um projeto temático ou um plano de aula se constituem pelo reconhecimento de caminhos já conhecidos, mas, também pela construção de novos caminhos dado aos desafios que a educação e a sociedade enfrentam com as transformações do mundo atual pautado pelas tecnologias e o avanço do capital em larga escala. Nesse interim, como diz o poeta, “perder-se é uma maneira de fazer novos caminhos e quebrar a rotina. Ninguém acha um atalho sem se perder antes”, Carpinejar (s/d). Apropriando-me desta reflexão, acredito que o trabalho com o projeto temático para as aulas de história seria uma possibilidade de construção de muitos outros caminhos que levaria a uma aprendizagem histórica prazerosa e singular. Destarte, Anastasiou & Alves (2012, p.19), ponderam:

 

“Daí a necessidade atual de revisar o ‘assistir a aulas’, pois a ação de aprender não é passiva. O agarrar por parte do estudante exige ação constante e consciente: informar-se, exercitar-se, instruir-se. O assistir ou dar aulas precisa ser substituído pela ação conjunta do fazer aulas. Nesse fazer aulas é que surgem as necessárias formas de atuação do professor com os estudantes sobre o objeto de estudo e a definição, escolha e efetivação de estratégias diferenciadas que facilitem esse novo fazer” [grifos das autoras].

 

Em sua Monografia (BEZERRA, 2006), busca viabilizar algumas possibilidades de uso de projetos temáticos nas aulas de história, trata-se de focalizar eixos temáticos como possibilidades do fazer pedagógico dos professores de história na condução das aulas. No artigo “o uso de projetos temáticos nas aulas de história, construção coletiva do processo de ensino e aprendizagem” (BEZERRA, 2016, p. 41) norteia os projetos temáticos para todos os anos do Ensino Médio, dentre os quais destaca o projeto II, tendo como público estudantes do primeiro ano do Ensino Médio e o tema do projeto temático a Arte e História, o que configurou o eixo temático conhecendo a história do “descobrimento” do Brasil sob a perspectiva de Victor Meirelles (1981) “A Primeira Missa no Brasil”. No sentido de contrapor a obra em questão, como já pontuado, sugiro a inserção de uma segunda obra de arte, trata-se da pintura de Portinari (1948) de igual título produzida em tempo de diferente da obra anterior.

 

Nesse sentido, pondera-se a necessidade de ao escolher os temas a serem trabalhados em sala de aula que o professor estabeleça os objetivos das atividades, evidenciem os conteúdos, os procedimentos metodológicos, explorando habilidades e desenvolvendo competências dos estudantes com sujeitos do processo da ação pedagógica que se deseja implementar. Em face disso, o texto sinaliza uma experiência didática que buscou de forma sistematizada, proporcionar aos estudantes a oportunidade de conhecerem e debaterem questões acerca dos fatos históricos fortemente marcados nas duas pinturas dos autores. Assim, as ideias salientadas por Coli (2012) e por Couto (2008) serão referencias basilares das discussões que se pretende desenvolver em sala de aula.

 

Ao definir a temática, o público alvo e objetivos, considera-se a elaboração de algumas indagações de modo que a linguagem complemente a problematização da temática em discussão, sendo esta fonte e objeto de análise em diálogo com outros referenciais teóricos sobre os objetos de reflexão (as duas obras de artes: a missa de Portinari e a missa de Meirelles), provavelmente pouco conhecidas pelos estudantes, pelo menos a obra de Candido Portinari tendo em vista que esta não foi tão divulgada nos meios de difusão do Estado como foi a de Meirelles, apesar de Portinari acreditar que o artista “deve torna-se intérprete do povo, mensageiro de seus sentimentos, desejar à paz, a justiça, a liberdade, a participação de todos nos prazeres do universo”, Couto (2008, p.166) reportando-se a Annateresa (1996, p.118) pondera: “a produção monumental de Portinari dificilmente esta ao alcance de um público mais amplo, pois se encontra, via de regra, em espaços conotados ao poder político e financeiro e seu acesso não é tão aberto quando poderia parecer à primeira vista”.

 

A partir destas reflexões, o trabalho com projetos temáticos levará os estudantes a conhecer outras realidades, sejam econômicas, sociais, culturais e políticas a partir de manifestações artísticas, especialmente as obras de artes como as duas em destaque nesse trabalho, considerando, decerto, as mudanças e permanências, o espaço geográfico e temporal representados nas pinturas podendo inferir suas opiniões e construir conceitos a partir de reflexões, especialmente a partir do significado de “verdades absolutas na história”. 

 

Conteúdos e procedimentos metodológicos

 

Busca-se nos quadros “A primeira missa no Brasil” de Victor Meirelles (1981) e o quadro “A primeira missa no Brasil” de Cândido Portinari (1948) elementos que remontam o olhar dos artistas a despeito daquele momento histórico que marcou o desembarque do povo lusitano em terras brasileiras. O objeto retratado é o mesmo pelos dois artistas, porém, os elementos que compõe as obras são os indicadores de suas percepções diferenciadas acerca do mesmo evento, desvelando a sua visão do momento, manifestando ali as suas percepções de mundo, seus sentimentos e o interesse do grupo e/ou o sujeito que fez a encomenda das obras de arte.

 

Para tanto, organizar os estudantes em equipes para um trabalho de pesquisa escolar, motivando-os a buscarem informações sobre as obras de artes e seus respectivos autores, observar os contextos de produção destas obras, inclusive os seus financiadores e localização das mesmas atualmente, se pertencem a acervos público e/ou privados deve ser uma premissa desta proposta didática. Essa pesquisa deve ser sob a orientação do professor da classe seja em ambiente físico utilizando-se dos laboratórios de informática de forma síncrona e/ou de forma assíncrona em ambiente remoto. O interessante é que os estudantes naveguem em sites culturais que lhes instrumentalize para ampliar os seus conhecimentos, para acessar informações que lhes ajudem na resolução de questões práticas para as atividades escolares e também para a vida cotidiana (SEVERINO; SEVERINO, 2012, pp.101-134).

 

É interessante que o professor conduza os estudantes aos sites de Museus, Pinacotecas, Arquivos Públicos, Bibliotecas etc. Ajude-os na pesquisa, mesmo que não lhes deem muitos elementos para aligeirar a sua chegada às obras, pois na busca de informações os estudantes estarão fazendo novas descobertas, poderão se perder, mas acharão novos atalhos para o seu caminho inicial, como pontua Carpinejar (s./d.). Seria interessante, ainda, que o professor ensinasse a busca destes sites aos estudantes, fizesse mesmo um exercício na prática com eles a partir de exemplos de outras obras sem ser aqueles que estão sendo trabalhadas. Exemplo: visitem com eles a home do Museu de Belas Artes; Museu Nacional; Biblioteca Nacional; Museu Paulista e tantos outros no Brasil e no mundo com acervos digitalizados e seus manuais informativos.

 

No Laboratório de informática da escola e/ou individualmente em seus computadores ou celulares, o professor deve orientar os estudantes a localizar as informações a respeito dos autores, das filiações acadêmicas (tendências e/ou escolas artísticas), anotações biográficas e criticas acerca das obras dos autores. Tais orientações deverão ser comuns a todas as equipes, pois se trata da análise de duas obras de artes em que se busca retratar o mesmo momento histórico em tempos distintos. Ao encontrar as imagens das obras de artes peça para que os estudantes as ampliem nas telas de seus computadores ou celulares, observem, analisem com cuidado os detalhes que existem em uma e que eventualmente não exista na outra. O registro por meio das anotações sobre as obras de artes devem continuar. Ao término desta primeira etapa, passa-se para uma pré-analise seguida da projeção das obras pelo professor que tecerá considerações acerca dos quadros. A seguir haverá a projeção de informações trazidas pelos autores Coli (2012) e Couto (2008), referências que instrumentalizará o professor e os estudantes na análise cuidadosa das duas obras de artes. Após a exposição do professor, o mesmo solicitará inferências por parte dos estudantes acerca do que pesquisaram, do que ouviram e do que viram sobre as duas obras de arte e seu contexto social, cultural e político no que tange a construção da Nação. Nesse instante, os estudantes serão orientados a recorrerem aos seus registros e anotações sobre os pintores, sobre suas obras, desencadeando um debate mediado do professor.

 

Desdobramentos     

 

Após o debate, as equipes de estudantes farão um relatório sobre as duas obras de arte, buscando comtemplar algumas indagações: o que sabiam sobre os pintores? O que acharam das duas obras de arte analisadas? Quem mais se aproxima de uma cena real que remonta a chegada dos portugueses nestas terras em 21 de abril de 1500? Qual das obras o indígena é retratado como selvagem ou amedrontado? Que intenções teve esse pintor? Em qual obra o indígena não se faz presente, por quê? O que estas obras de arte representam para nós e para a memória de nosso país? Como as obras de arte analisadas podem colaborar no processo de construção/reconstrução do processo histórico de um povo ou nação? Por fim, quanto aos personagens que ocupam as duas telas de Meirelles e de Portinari, que papel é atribuído a eles pelos pintores, no sentido de participação no evento retratado?

 

As equipes de estudantes entregarão um relatório ao professor comtemplando as questões acima pontuadas, quando o professor fará uma síntese de todas as informações apresentadas pelos estudantes construindo um painel, levando-os mais uma vez a fazerem inferências sobre os pintores, sobre o evento retratado, sobre os povos indígenas naquele e em outros tempos, inclusive na atualidade quando vivemos um momento de negação plena aos direitos fundamentais das minorias. Salutar também é o professor se permitir ser avaliado pelos estudantes, especialmente na condução das atividades desenvolvidas a partir desta proposta de ação pedagógica para as aulas de história. Nesse aspecto, entende-se que os estudantes tiveram a oportunidade de desenvolver outro tipo de linguagem, a do olhar, a do saber olhar e apreciar uma imagem, o que lhes possibilita, indiretamente, o exercício da escrita e da oralidade, deparando-se, portanto, com outras possibilidades de compreensão do mundo e do processo histórico do qual fazem parte enquanto sujeito social e histórico.

 

No que tange ao processo avaliativo nessa proposta de trabalho, o professor deve entender que a avaliação é o ato pedagógico pelo qual se verifica continuamente o progresso da aprendizagem e se decide, se necessário, quanto aos meios alternativos de recuperação e reforço. A reprovação, como tem ocorrido até os dias atuais no Ensino Fundamental e Médio, constitui flagrante desrespeito à pessoa humana, à cidadania e a um direito, assegura (HOFFMANN, 2000; LUCKESI, 1995). Como a própria referencia já traz o processo avaliativo haverá de ser continuo e paralelo, considerando que os estudantes deverão participar ativamente do desenvolvimento das atividades propostas. A participação dos estudantes em todas as etapas das atividades, cumprindo-as com responsabilidade e desejo de “aprender a aprender” como explicita Coll (1994), justificando a sua aprovação nas etapas avaliativas dentro do processo de ensino e aprendizagem. O artigo 24 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação de 1996 norteia esses princípios, pontuando que “a avaliação será continua e paralela” considerando os aspetos qualitativos sobre os quantitativos.

 

Referências biográficas

 

Antonio Alves Bezerra é Doutor em História Social pela PUC/SP, professor
no curso de Licenciatura em História e do PPGH da UFAL, Campus A. C.
Simões e coordenador do subprojeto PIBID/História.

 

Referências bibliográficas

 

ANASTASIOU, Lêa das G. C.; ALVES, Leonir P. (Org.). Processos de ensinagem na universidade. Pressupostos para as estratégias de trabalho em aula. 10ª Ed., Joinville, SC, Ed. UNIVILLE, 2012, p. 19.

 

BEZERRA, Antonio Alves. Trabalhando com projetos no ensino médio: desafios e possibilidades. 35f. (Monografia). UNICAMP/IFCH, 2006.

 

BEZERRA, Antonio Alves. O uso de projetos temáticos nas aulas de história, construção coletiva do processo de ensino e aprendizagem. Rondônia, Revista Labirinto, ano XVI, vol. 24, N. 2 (jan-jun), 2016, pp. 31-56.

 

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - Lei no 9.349/1996. São Paulo, Cortez, (s.d.), p.14.

 

BROCH, Marc. Apologia da história, ou, o oficio de historiador. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Ed., 2001.

 

CARPINEJAR, F. https://www.pensador.com/novos_caminhos/ Acesso: 03/05/2021.

 

COLL, César S. Aprendizagem Escolar e Construção do Conhecimento. Porto Alegre, Artes Médicas, 1994.

 

COLI, Jorge. A pintura e o olhar sobre si: Victor Meirelles e a invenção de uma história visual no século XIX brasileiro. In: FREITAS, M. C. (Org.). Historiografia brasileira em perspectivas. 7ª. Ed., São Paulo, Contexto, 2012, pp.375-404.

 

COUTO, Maria de Fátima M. Imagens eloquentes: a primeira missa no Brasil. Uberlândia, ArtCultura, v.10, n. 17, pp.159-171, jul./dez. 2008.

 

FABRIS, Annateresa. Cândido Portinari. São Paulo, EDUSP, 1996.

 

HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: uma prática em construção da pré-escola à universidade. Porto Alegre, RS, Ed. Mediação, 2000. 

 

LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo, Cortez, 1995.

 

MEIRELLES, Victor. A Primeira Missa no Brasil, 1860 (detalhe). Óleo sobre tela. 2,68 x 3,56m. Rio de Janeiro. Museu Nacional de Belas Artes.

 

PORTINARI, Cândido. Primeira Missa no Brasil, 1948. Tempera s/tela, 266x598 cm. Banco Boa Vista, Rio de Janeiro.

 

SEVERINO, A. J.; SEVERINO, E. S. Ensinar e aprender com pesquisa no Ensino Médio. São Paulo, Cortez, 2012. 

7 comentários:

  1. Olá, pessoal!
    Vamos conversar acerca da temática apresentada, é uma proposta interessante para trabalharmos com nossos estudantes da Educação Básica focando, decerto, a Arte como linguagem e conteúdo histórico!
    À disposição de tod@s!

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  4. Primeiramente, parabéns pelo seu trabalho. Como alguém interessado, também, por História da Arte, seu texto suscitou muito interesse em mim, pois nem sempre temáticas como essa são trabalhadas no ensino básico, quiçá, no superior. Assim sendo, minha pergunta vai de encontro com a questão sobre os espaços virtuais para pesquisa, para além de um acesso nessas plataformas (como o seu texto coloca), o que você acha da possível criação de conteúdos por meio delas, assumindo uma postura de história pública?

    Mateus Delalibera

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  5. Caro Mateus, saudações históricas!
    Obrigado pela motivação e apreciação do escrito em questão. Notadamente é uma temática pouco trabalhada em sala de aula na Educação Básica dado às circunstancias do dia a dia das escolas públicas particulares. No tocante às visitações orientadas aos espaços culturais - Museus, Bibliotecas, Hemerotecas em diálogo com os objetos de estudos (as obras de arte). No que tange a sua observação está se torna relevante, pois há um anseio entre alguns pesquisadores para que os professores da Educação Básica produzam parte de seus materiais didáticos a serem utilizados nas aulas de história, questão colocada a partir de sua percepção acerca deste escrito, pondero, portanto, que não foi o objetivo inicial da proposta, mas acredito ser possível, sim, pois estes locais são lugares de memória, guardiães de uma cultura, silenciadores de outras, daquelas que não foram priorizadas em seus acervos, provavelmente nessa direção chegássemos a essa história pública! Precisaria refletir mais sobre isso, mas, sem dúvida, ao ampliar as reflexões deste texto em momentos futuros, buscarei comtemplar essa sua valiosa observação. Não sei de ajudei!
    Abraços e bom termino de Simpósio!

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  6. Antonio, parabéns pelo seu trabalho. A temática da arte e história, promovendo diálogos no ensino de história se configura num campo de aprendizagem histórica fundamental para a criticidade, para a interpretação. Grata por dividir conosco. abraços

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  7. Obrigado prof. Jaqueline pelo incentivo!
    Que outros simpohis façam parte de nossas vidas em tempos tão difíceis para às humanidades, mas que as artes sejam inspiradoras para nos encorajarmos a enfrentarmos os desafios que estão por vir. Obrigado a você pela oferta dessa Mesa e pelo aceite desta singela contribuição.
    Gratidão!
    Prof. Antonio Bezerra

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