Alvanir Ivaneide Alves da Silva e Maria Huberlândia Luz da Silva

FORMAÇÃO DOCENTE: OFICINA PEDAGÓGICA E OS ESPAÇOS MUSEAIS NO ENSINO DE HISTÓRIA

  

O seguinte texto descreve acerca da experiência prática da disciplina de Estágio III, na qual os alunos do curso de licenciatura em História da Universidade Federal Rural de Pernambuco, desenvolveram um projeto de extensão intitulado  "Práticas de ensino e aprendizagem não escolar: vivências em espaços museais na formação docente". Um projeto que  trabalhou com a criação e execução de oficinas pedagógicas visando os espaços  museais, possibilitando um ensino de História construtivo e de grande contribuição para a formação docente, pois  interliga a prática pedagógica a espaços virtuais produtores de conhecimentos, auxiliando no aprendizado e valorização do património cultural, mesmo diante de um período remoto de ensino.

 

O estágio supervisionado III na graduação de Licenciatura em História, tem como um de seus principais objetivos tratar  a respeito da educação não formal, ou seja, a educação fora do âmbito escolar.  Segundo o Inep - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas educacionais Anísio  Teixeira, apud Santos,  Silva e Siqueira:

 

“A educação não-formal corresponde às atividades ou programas fora do  sistema regular de ensino, com objetivos educacionais bem definidos. É qualquer  atividade educacional organizada e estruturada que não corresponde exatamente à definição de educação formal”, são portanto "processos de formação que acontecem fora do sistema de ensino (das escolas às universidades)” (SANTOS,  SILVA e SIQUEIRA, 2010, p. 22).

 

A prática educativa em ambientes não formais de ensino possibilita conexões no processo de ensinar e aprender diante dos desafios sociais existentes. A produção de conhecimento ocorre não pela absorção de conteúdos previamente sistematizados, objetivando ser aprendidos, mas o conhecimento é gerado por meio da vivência de certas situações-problema (GOHN, 2001).

 

Não existe um lugar único para se transmitir educação, podemos receber a educação por diferentes meios e instituições. E fora da escola o ensino aprendizagem ainda é contínuo e inovador. Pois abrange os mais diversos espaços e pessoas. Dentre esses espaços, é possível destacar os espaços museais como produtores de conhecimentos culturais, que contribuem significativamente para a aprendizagem histórica e com as plataformas virtuais, possibilitando um acesso informativo mais abrangente acerca da educação patrimonial. “Assim, o papel social dos museus é definido, na atualidade, por sua função educativa” (ABUD; SILVA; ALVES, 2010, p.127).

 

O museu em si, é um espaço complexo, onde abriga diversas formas de produção de conhecimento, os de modalidade virtuais são espaços de mediação, paralelos e complementares, que podem ser acessados por meio da internet. A utilização de museus virtuais contribui significativamente na produção de conhecimento e de aulas inovadoras, interligando a utilização dos aparelhos eletrônicos pelos discentes com o acesso a espaços educativos e pluriculturais, ou seja, os museus virtuais.

 

A escolha de um museu virtual para fazer uma visita com alunos não pode ser aleatória, a escolha deve ocorrer de forma planejada e criteriosa, respeitando algumas etapas para que a experiência ocorra da melhor maneira possível. É essencial que o educador conheça previamente o museu, identifique se o material oferecido é compatível com o seu objetivo e se vai agregar aprendizado aos seus alunos, para que os discentes venham desenvolver a criticidade acerca dos espaços museais como patrimônios que guardam a História e Cultura social.

 

A utilização dos museus como espaços não formais de ensino, possibilita que seja despertado nos alunos acerca da educação patrimonial que “trata-se de um processo permanente e sistemático de trabalho educacional centrado no patrimônio cultural como fonte primária de conhecimento e enriquecimento individual e coletivo” (MEDEIROS, SURYA, 2009, p. 6). Preservar o bem cultural da localidade é de suma importância, é dar continuidade à história às gerações futuras, é possibilitar que as próximas gerações tenham conhecimento acerca do princípio, sem deixá-lo desaparecer com o tempo.

 

“preservar também é gravar depoimentos, sons, músicas populares e eruditas. Preservar é manter vivos, mesmo que alterados, usos e costumes populares. É fazer, também, levantamentos, levantamentos de qualquer natureza. É fazer levantamentos de construções, especialmente aquelas sabidamente condenadas ao desaparecimento decorrente da especulação imobiliária” (LEMOS, 2010, p. 11).

 

A utilização de visitação a museu virtual, permite uma maior potencialização, rapidez e praticidade ao acesso de informações, possibilitando conhecer museus sem precisar da presença física no ambiente. Nos folhetos eletrônicos o docente  pode ter acesso aos mais diversos tipos de museus, para melhor indicar para os alunos, a fim de dar continuidade de forma lúdica e educativa a temática que esteja trabalhando, assim como, gerando neles a visão de valorização e importância que o patrimônio tem na nossa sociedade, pois “quando a população se apropria e se reconhece nos bens culturais eleitos como representativos da nação torna-se mais fácil atuar com políticas de preservação” (MEDEIROS, SURYA, 2009, p. 7).

 

Tendo um pré contato com os museus virtuais a partir da mediação do docente, em seguida os próprios alunos através da internet podem acessar de qualquer lugar a plataforma e conhecer os mais variados museus, tendo autonomia no próprio percurso e ordem que queira observar.  Pois, “mais do que  um veículo de comunicação, a internet permite uma maior interação com o público” (MUCHACHO, 2005, p. 1541).

 

A única diferença que podemos encontrar entre os museus físicos e virtuais, é a forma de acesso e visualização. Como estamos em um período pandêmico, as opções de museus virtuais para a educação não formal é de grande valia, pois permite que seja agregado conhecimentos históricos aos discentes, sem precisar da presença física deles. “O  museu  virtual é um verdadeiro laboratório de  experimentação que se manifesta  especificamente  na  maneira  como a  tecnologia  determina  a  própria  forma  da  experiência” (MUCHACHO, 2005, p. 1546). 

 

E de acordo com o texto de (COSTA, 2005), as unidades de ensino estão cada vez  mais atrelados a esse meio de informação tecnológica, principalmente no  momento a qual estamos passando, o ensino teve que se reinventar e passou a  usar o mundo digital de forma indispensável, para realizar aulas e atividades. Pois a  tecnologia não atua apenas como um recurso pedagógico, mas ela é capaz de  mudar a relação com a prática histórica.

 

Nesse ponto, a utilização das tecnologias como parte da formação de  professores, deve receber um destaque, pois no mundo cheio de inovação a qual  estamos, é necessário noções e manuseio das mesmas, tanto para diversificar aulas, direcionando os discentes para os espaços não formais educativos, quanto para ampliar as pesquisas no ensino de História.

 

Partindo dessa premissa, a turma de docentes em formação de História, desenvolveram o projeto de extensão durante um mês e meio, cujo objetivo seria interdisciplinar os espaços museais virtuais para a produção de conhecimento, já que são ricos em informações históricas e culturais. A turma inicialmente elaborou um planejamento contendo a temática da oficina “Paço do Frevo: Educação Não Formal em Pernambuco”, museu que aborda o conteúdo, plataforma síncrona para apresentação, horário, ementa, objetivos, metodologia e por fim a avaliação que seria trabalhada para a conclusão da oficina.

 

Trabalhar com oficina pedagógica, coloca docentes em formação diretamente na compreensão da mesma como ferramenta eficaz para a partilha de informações e produção do saber.

“Na oficina, através do interjogo dos participantes com a tarefa, confluem pensamento, sentimento e ação. A oficina, em síntese, pode  converter-se no lugar do vínculo, da participação, da comunicação e, por fim, lugar de produção social de objetos, fatos e conhecimentos”  (BETANCOURT, 1991, APUD MEDIANO, 1997, p.97).

 

Além disso:

 

“Concebemos a oficina como uma realidade integradora, complexa, reflexiva, em que a teoria e a prática se unem como uma força-motriz do processo pedagógico, orientado para uma comunicação constante com a realidade social e com uma equipe de trabalho altamente dialógica, formada por docentes e estudantes, na qual cada um é um membro a mais da equipe e traz seus aportes específicos” (BETANCOURT, 1991, APUD MEDIANO, 1997, p.97).

 

Para Mediano (1997, p.98) “a oficina é uma realidade complexa, que, embora privilegie o trabalho de campo, deve integrar num único esforço três instâncias básicas: um trabalho de campo, um processo pedagógico e uma relação teórico-prática”. Com as oficinas se busca que os ouvintes adquiram novos conhecimentos, que compreendam a História, que saiam dela dando uma maior visibilidade aos métodos inovadores e diversificados na construção da valorização patrimonial e do fazer historiográfico, que se constitui em um espaço de ensinar e aprender.

 

Objetivando valorizar a identidade cultural pernambucana, o projeto desenvolveu uma oficina com a utilização do Museu Paço do Frevo, prédio que está localizado no bairro do Recife Antigo. O espaço tem plataforma virtual e em um período pandêmico possibilitou uma mediação enriquecedora de história e cultura.

 

Abordando uma temática regional, foi possibilitado uma valorização de grande relevância para a cultura do frevo pernambucano. Pois (ARIAS, 2002) descreve o conceito de cultura como sendo uma expressão da continuação humana, a cultura é construída através do diálogo entre as pessoas no dia a dia e nessa interação social é construído símbolos, e significados que tem sentido a essas pessoas, e são compartilhadas entre elas. A construção de uma cultura está repleta de elementos e significados que vão identificar esse povo como uma determinada comunidade ou região, diferenciando-os de outras comunidades, surge assim, a identidade cultural.

 

Rosane Machado, em seu artigo intitulado “diversidade cultural: a importância das diversas culturas no ensino-aprendizagem, no desenvolvimento da cidadania e na preservação de valores éticos e morais" declara que no meio pedagógico os docentes devem “ter visão ampla do que é diversidade cultural, do quanto a diversidade é importante e fundamental para a vida em sociedade, para a vida em grupos e para a vida em comunidade/coletividade.” (OLIVEIRA, 2017, p. 9)

 

Com essa volta ao passado buscando fortalecer essas raízes culturais, é possível conhecer o percurso histórico de nossos antepassados, pois se faz necessário conhecer o início e a partir daí dar continuidade. Pedroso (1999) afirma que vivendo as próprias raízes, é possível dar sentido à vida, pois caso contrário, ficaríamos perdidos diante das demais culturas e povos.

 

O Paço do Frevo disponibiliza uma linha do tempo decorrendo todo passo a  passo da história do frevo, no qual também foi dado destaque na execução da oficina. Foi perceptível uma valorização do ensino patrimonial, proporcionando que os participantes tivessem um conhecimento objetivo e  amplo, de forma educativa acerca da cultura popular e histórica pernambucana.

 

O projeto com o intuito de dar enfoque a produção histórica apresentou a oficina através de uma plataforma síncrona, o Google Meet, iniciando dando destaque a apresentação dos principais acontecimentos, evidenciando a importância do frevo. Dentre eles o de 1907, onde a palavra frevo aparece pela primeira vez no Jornal  Pequeno e o ano de 2007 onde o frevo foi reconhecido como Patrimônio Imaterial  do Brasil. Em 2012 foi declarado e incluído na lista representativa de  patrimônio cultural imaterial da humanidade pela Unesco (DANIEL, 2019). Mesmo conseguindo se  popularizar e se difundir em todo o país, o frevo tem uma ligação umbilical com  Pernambuco, e se torna difícil falar de frevo e não lembrar do Estado.

 

Em um segundo momento foi realizada a visitação ao museu, possibilitando em tempo real que os participantes realizassem a compreensão da História do frevo, música, dança e ao mesmo tempo de forma interativa, consultassem visualmente as informações partilhadas. Já que  “o  museu  virtual é  essencialmente  um museu  sem fronteiras, capaz de  criar  um  diálogo virtual com o visitante,  dando-lhe  uma  visão dinâmica,  multidisciplinar  e  um  contacto interactivo com a colecção e com o espaço expositivo” (MUCHACHO, 2005, p. 1546).

 

E para concluir a oficina, os graduandos desenvolveram uma atividade lúdica de avaliação na qual foi possível representar de forma característica a temática, que foi o frevo, sendo proposto a construção de uma mini sombrinha de frevo, na qual os alunos ficaram a vontade por meio da arte, para valorizar um símbolo de destaque da cultura.

 

“Considerando que o conhecimento novo se dá a partir do prévio, há necessidade de o aluno se expressar e de o professor acompanhar essa expressão para poder com ela interagir, favorecendo sua elaboração em níveis mais abrangentes e complexos. A avaliação vai se incorporando no próprio trabalho, pois o melhor método de avaliação é o método de ensino” (VASCONCELOS, 1998, p. 79).

 

De forma prática percebemos o meio educacional interagindo significadamente com o meio tecnológico e com o meio patrimonial. Já que como forma de estreitar as barreiras físicas levantadas pela pandemia, foi desenvolvido um projeto que ligou a utilização de aparelhos eletrônicos e da internet, com o desenvolvimento prático do ensino aprendizagem em espaços não formais de educação, a fim de formar docentes que deem visibilidade a educação patrimonial, já que “a identificação com o conhecimento provoca uma alteração no modo de ver e perceber as coisas e o mundo” (MEDEIROS, SURYA, 2009, p. 8).

 

Tendo em vista a importância do estágio em espaços não formais de educação para a formação de professores, foi perceptível a relevância dos espaços extra escolares como propagadores do ensino aprendizagem, e através do meio tecnológico foi possível ter acesso a diversas informações culturais, assim como o compartilhamento das mesmas por meio das oficinas.

 

Dessa maneira, a prática pedagógica em espaços não-formais de educação, percebendo as conexões entre o processo dialógico do ensinar/aprender em face dos constantes desafios da sociedade, possibilita a formação de docentes que irão agir como mediadores, entre o saber teórico adquirido na graduação e entre as experiências práticas no ensino não escolar como forma de contribuição para que sejam seres capazes de saber fazer, colocar em prática o conhecimento e ter autonomia para produzi-lo (SANTOS; SILVA; SIQUEIRA; 2010).

 

Oficina Pedagógica

 

Título da oficina: “Paço do Frevo: Educação Não Formal em Pernambuco”

 

Ano de Produção: 2020

 

Contexto de Produção: Projeto de Extensão - UFRPE

 

Público-alvo: Licenciandos em História

 

Plataforma de realização da oficina: Google Meet

 

Ementa: Planejamento da prática educativa na educação não-formal, visando à  inter-relação entre ensino, pesquisa e extensão. Visitação a museus virtuais. Confecção, divulgação e execução de oficina didática específica para educação  não-formal. Avaliação e instrumentos avaliativos.

 

Objetivo Geral: Compreender aspectos históricos e artísticos do Frevo por meio da visitação  ao museu Paço do Frevo.

 

Objetivos Específicos: Explanar a história do Frevo, ambientada no museu Paço do Frevo; Explicar sobre a história do frevo dentro da cultura pernambucana; Valorizar o Paço do Frevo como um dos espaços não formais de produção  de conhecimento histórico.

 

Recursos didáticos: Internet, computador, celular, Google Meet, museu virtual,  powerpoint, folha em branco, lápis de pintar, palito ou canudo.

 

Metodologia: Apresentação dialogadaParticipação na oficina e execução de atividade lúdica; Aprendizagem Interativa - Apresentadores e participantes; Recurso audiovisual.

 

Avaliação: Realização da interação (produção de uma miniatura de sombrinha do  frevo (peça fundamental e característica da cultura), que será desenhada em uma  folha em branco, colorida, recortada e montada), depois os participantes podem  ligar as suas câmeras e mostrarem sua arte.

 

Cartaz de divulgação da Oficina:



Figura 1 - Fonte: Autores, 2020

 

Ao longo dos dias 17 de agosto à 10 de outubro de 2020, foi realizado o Projeto  de Extensão, o qual possibilitou uma formação inovadora, abordando acerca da  educação não-formal como atividade educacional organizada e estruturada capaz de  formar docentes e discentes aptos à prática educativa patrimonial fora do espaço escolar, na qual  contribui para uma abrangência do ensino.

 

A prática educativa em ambientes não formais de ensino possibilita conexões no processo de ensino-aprendizagem diante  dos desafios sociais existentes, principalmente frente às dificuldades causadas pelo  processo pandêmico que fomos inseridos a partir do ano de 2020. O Projeto foi dividido em etapas semanais, onde foram realizadas atividades  assíncronas e encontros síncronos para facilitar no processo de idealização do  conteúdo que o grupo iria abordar bem como a construção e execução da  oficina.

 

Segundo (SANTOS, SILVA, SIQUEIRA, 2010, p. 18) “Na educação não-formal, a flexibilidade em relação ao  planejamento, ao currículo e o compromisso com a aprendizagem na interação com  a coletividade são fatores determinantes nas concepções de avaliação”.

 

Através dos recursos tecnológicos, como a internet, tem se aumentado as  possibilidades de produção e compartilhamentos de conhecimento. Atualmente temos alternativas diversas para nos comunicarmos em tempo real. Pensando nessas  possibilidades oferecidas pela tecnologia, docentes e discentes podem partilhar  informações a partir de um ensino construtivo, para desenvolver uma criticidade  acerca do meio histórico e cultural a qual estão inclusos. Portanto, temos que dar enfoque ao  uso das tecnologias na formação de professores, para que os mesmos possam  assimilar esses recursos na sua prática docente.

 

Por fim, a prática observada manifestou-se de forma comunicativa, inclusiva e diversificada. Contribuindo para uma formação de professores que sejam capazes de utilizar métodos ativos no ensino de História, como as oficinas pedagógicas executadas por meio dos recursos tecnológicos, além disso, cooperando com a interdisciplinaridade no campo de aprendizagem, empregando os espaços educativos não formais como abrangência sociáveis na produção de conhecimentos históricos e culturais, pois “se a sociedade souber valorizar o seu patrimônio, terá dado um grande passo para garantir o bem-estar social e a emancipação cultural das gerações futuras” (MEDEIROS, SURYA, 2009, p. 8).

 

Referências biográficas

 

Alvanir Ivaneide Alves da Silva, estudante de Licenciatura em História da Universidade Federal Rural de Pernambuco.

 

Maria Huberlândia Luz da Silva, estudante de Licenciatura em História da Universidade Federal Rural de Pernambuco.

 

Referências bibliográficas

 

ABUD, Katia MariaALVES, Ronaldo CardosoSILVA, André Chaves de Melo Ensino de História, ed. Cengage Learning, São Paulo,  2010.

 

ARIAS, Patricio Guerreiro; Estrategias Conceptuales para comprender la identidad, la  diversidad, la alteridad y la diferencia. Escuela de Antropología Aplicada. UPS Quito. Ediciones Abya-yala,  2002.

 

COSTA, Marcella Albaine Farias; Ensino de História e tecnologias digitais: trabalhando com oficinas pedagógicas. Revista História Hoje, v. 4, nº 8, p. 247-264 – 2015.

 

DANIEL, Gustavo Henrique Pereira; Arte/Educação no Paço do Frevo (Recife/ PE): o papel do educador de museu na construção da experiência turística. Centro de Ciências Sociais em Hotelaria e Turismo. Universidade Federal de Pernambuco.

 

GOHN, Maria da Glória. Educação Não-Formal e Cultura Política. Cortez, 2001.

 

LEMOS, Carlos. A.C. O que é Patrimônio Histórico.2.°ed. São Paulo: Editora Brasiliense, 2010.

 

MEDEIROS, Mércia Carréra.  SURYA, Leandro. A Importância da educação patrimonial para a preservação do patrimônio. ANPUH – XXV Simpósio Nacional de História – Fortaleza, 2009. 

 

MEDIANO, Zélia. A formação em serviço de professores através de oficinas pedagógicas. In: CANDAU, Vera M. (Org.) Magistério: construção cotidiana. Petrópolis: Vozes, 1997. p.91-99.

 

MUCHACHO, Rute. Museus virtuais: A importância da usabilidade na mediação entre o público e o objecto museológico. Departamento de Ciências da Comunicação, Artes e Tecnologias da Informação. Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias. Livro de Actas - 4º SOPCOM. 2015.

 

OLIVEIRA, Rosane Machado; Diversidade cultural: A importância das diversidades  culturais no ensino-aprendizagem, no desenvolvimento da cidadania e na  preservação de valores éticos e morais. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo  do Conhecimento. V. 1, P. 376 - 403, 2017.

 

PEDROSO, Sérgio Flores. A carga cultural compartilhada: a passagem para a interculturalidade no ensino de português língua estrangeira. Universidade Estadual de Campinas, 1999.

 

SANTOS, Marizete; SILVA, Ivanda Martins; SIQUEIRA, Alcina. Estágio Curricular  Supervisionado III - vol. 1, 2 e 3. Universidade Federal Rural de Pernambuco, 2010.

 

VASCONCELOS, Celso dos Santos. Avaliação da aprendizagem: práticas de mudanças. São Paulo: Libertad - Centro de Formações e Assessoria Pedagogia, 1998. 


25 comentários:

  1. O frevo Pernambucano
    É patrimônio cultural
    Nas ladeiras de Olinda
    A festa é surreal
    Por isso comemoramos
    O melhor carnaval

    A oficina é arte
    E forma de educação
    Interagindo com alunos
    Ocorre transformação
    O papel do patrimônio
    É fazer a mediação

    Gostaria de saber se nas oficinas realizadas além da sombrinha que é um grande símbolo que representa o frevo, foi realizada danças com o frevo ou interpretação de músicas de frevo que falam da história desse patrimônio cultural imaterial?

    José Abraão Rezende Goveia

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    1. Boa Noite, José!

      Primeiramente quero agradece-lo por ter lido nosso texto.

      Bem, em relação a sua pergunta, no decorrer da apresentação da oficina trabalhamos com a dança e música sim. Citamos os três principais gêneros que são: Frevo de Rua, o Frevo de Bloco e o Frevo Canção. E também citamos dentro do Frevo de rua, mais três subgêneros, que são: O Frevo de abafo, Frevo coqueiro e Frevo ventania.
      Colocamos trechos das músicas referente a cada um deles para que os participantes conseguissem compreender melhor as características de cada. Assim como trechos de vídeos referente a dança.

      Atenciosamente, Alvanir Ivaneide Alves da Silva.

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    2. Boa noite!
      Assim como foi explicado pela colega Alvanir, nós trabalhamos sim com a apresentação, comparação e destaque de alguns paços do frevo, bem como das músicas que o nosso frevo pernambucano expressa. Diante disso, se foi explicado a divergências e semelhanças entre os paços e as notas musicas.

      Atenciosamente, MARIA HUBERLÂNDIA LUZ DA SILVA

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  2. Olá, Alvanir Silva e Maria Huberlândia!
    Primeiramente, parabéns por nos propiciarmos, uma escrita acessível, e uma leitura agradabilíssima. Nesse ensejo, como vocês percebem os desafios encontrados, no que tange ao acesso aos museus virtuais, como um todo? Visto que, a exclusão digital é evidente, por parte do alunado, sobretudo, das escolas públicas brasileiras, nesse atual contexto pandêmico, vivenciado por nós.
    Atenciosamente,
    Maykon Albuquerque Lacerda
    Graduando em História - CESC/UEMA

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    1. Boa Noite, Maykon!

      Primeiramente quero agradecê-lo por ter lido nosso texto.

      Em relação a sua pergunta, os museus virtuais são de faço acesso sim, podemos acessa-los por meio de qualquer aparelho eletrônico. Eles disponibilizam cartilhas informativas e possibilitam que façamos um tour por eles, tanto os nacionais, quanto os internacionais. Oportunizando então um maior acesso a diversas culturas.
      Porém, sabemos que nem todos tem a mesma oportunidade de acesso, não por parte dos museus, mas em consequência da exclusão digital que infelizmente é uma problemática real em nosso país, situação que é fruto de uma desigualdade social histórica e a pandemia atual evidenciou essa realidade de uma maneira ainda mais forte.
      Essa problemática só pode ser resolvida por meio de políticas públicas que visem meios de tornar os recursos tecnológicos mais acessível a toda população, caminho longo a ser percorrido.

      Atenciosamente, Alvanir Ivaneide Alves da Silva.

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    2. Bom dia!
      Obrigado por ter lido nosso trabalho.
      Assim como Alvanir mencionou anteriormente, os museus virtuais oferecem todo o suporte possível para que o público externo possa conhecer os mesmos em formato digital.
      Mas, por outro lado, não podemos negar que a exclusão digital é um problema muito presente em nossa realidade, isso já sendo vestígios de uma desigualdade social e com a pandemia isso ficou ainda mais visível. Problema esse que só será resolvido se as políticas públicas criar um olha mais detalhado sobre esse problema, onde todos possam ser "favorecidos" por igual.

      Atenciosamente, MARIA HUBERLÂNDIA LUZ DA SILVA

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  3. Parabéns Pelo texto. Gostaria que explanasse sobre a avaliação. Acredito que por ser licenciados em História, a devolutiva foi em um número significativo. Este foi um projeto piloto, mas já foi aplicado a alunos do ensino fundamental? Se sim como foi o resultado da atividade proposta? Cibele Viana

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    1. Olá, Boa noite!
      Primeiramente, obrigada por ter lido nosso trabalho!
      Bom... O referido projeto ainda não foi aplicado a alunos do ensino fundamental, o mesmo só foi apresentado parar alunos e professores do ensino superior.
      Mas, já deixo aqui uma observação que pretendemos sim trabalhar e aplicar a oficina com os desse nível de ensino.

      Atensiosamente, MARIA HUBERLÂNDIA LUZ DA SILVA

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    2. Boa Noite, Cibele!

      Primeiramente quero agradecê-la por ter lido nosso texto.

      A oficina em sua primeira exposição foi ofertada para licenciandos em História e professores.
      Já em uma segunda exposição abrimos para um público externo, contendo a participação de alguns educandos do ensino básico, que nos deram um feedback positivo em relação ao ensino aprendizado da mesma.
      Ainda não tivemos a oportunidade de oferta-la 100% a uma turma de ensino médio ou anos finais do ensino fundamental, mas como a segunda autora Maria Huberlândia relatou no comentário acima, já é um objetivo futuro.

      Atenciosamente, Alvanir Ivaneide Alves da Silva.

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  4. Boa Noite Alvanir Ivaneide Alves da Silva e Maria Huberlândia Luz da Silva!
    Ótimo trabalho e com temática bem atual e necessária. Minha pergunta é:
    Com base na experíência de aplicação de oficinas enquanto professores em formação, é possível que essa estrátegia de oficinas didáticas seja adotada regularmente em museus? Quais seriam os impactos dessa aplicação na proximidade dos estudantes do ensino básico com a educação patrimonial presente nos museus?

    Paloma Fernanda Silva Barros

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    1. Boa Noite, Paloma!

      Primeiramente quero agradecê-la por ter lido nosso texto.

      Cremos que o formato da oficina poderia sim ser aplicadas em museus, possibilitaria para os educandos ou demais públicos que estejam acessando de forma autônoma, terem uma explanação áudio visual acerca da exposição histórica e cultural que o museu aborda. Possibilitando uma compreensão mais inteligível sobre os diversos patrimônios existentes.

      Atenciosamente, Alvanir Ivaneide Alves da Silva.

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  5. Boa Noite Alvanir Ivaneide Alves da Silva e Maria Huberlândia Luz da Silva
    Gostei muito da proposta que vocês trazem sobre os museus virtuais.
    Trabalho com curso de Pedagogia, disciplina de metodologia do ensino de história e geografia e gostaria de saber quanto tempo (horas) é necessário para desenvolver essa oficina?

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    1. Boa Noite, Márcia!

      Primeiramente quero agradecê-la por ter lido nosso texto.

      O projeto teórico da oficina (tema, escolha do museu, objetivos, ementa, metodologia, recursos didáticos, avaliação e cartaz de divulgação) precisou de um período de um mês e meio.
      Já a execução da oficina em si para o público, durou aproximadamente 2 horas, porque também abrimos espaço de fala e participação para os ouvintes interagirem.

      Atenciosamente, Alvanir Ivaneide Alves da Silva.

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    2. Bom dia Márcia!
      Primeiramente, obrigada por ter lido nosso trabalho.
      Bom... Respondendo sua pergunta, para desenvolvermos essa disciplina se foi necessário em média uns 20 minutos, isso porque apresentamos para um público de ensino superior. Mas, caso você deseje realizar a mesma, você pode adaptar de acordo com as necessidades dos seus alunos.

      Atenciosamente, MARIA HUBERLÂNDIA LUZ DA SILVA

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    3. Abro aqui uma observação Márcia, que estou me referindo a execução da sombrinha, ou seja, nossa atividade prática. A oficina em um todo, dura duas horas como Alvanir explicou.

      MARIA HUBERLÂNDIA LUZ DA SILVA

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    4. Agradeço as respostas.
      Gostaria de conversar com vocês sobre a possibilidade de desenvolverem essa oficina com minha turma de alunos da graduação, via meet. Sou do Paraná. meu email é: marcia.stentzler@unespar.edu.br - meu whats é (42) 99103-8758
      Agradeceria se puder entrar em contato para conversarmos. Abraço,

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    5. Boa Noite!

      Entraremos em contato sim.

      Muito obrigada!

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  6. Alvanir e Maria,
    parabenizo pelo texto e pela construção da proposta.
    Realmente acredito ser muito necessária essa aproximação pedagógica com os museus, em especial, considerando os espaços educativos não-formais.

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    1. Bom dia, Alcimara!

      Primeiramente gostaria de agradecê-la por ter lido nosso texto.

      A interdisciplinariedade é fundamental no campo de ensino aprendizagem.
      E puder somar os museus virtuais como espaços não formais de ensino é muito enriquecedor, tanto para o ensino de História, quanto para a valorização patrimonial.

      Atenciosamente, Alvanir Ivaneide Alves da Silva.

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  7. Olá parabenizo pelo texto e pela construção da proposta.
    Realmente acredito ser muito necessária essa aproximação pedagógica com os museus, de que forma podemos colaborar com esta valorização patrimonial em meio desta pandemia?

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  8. Boa Noite, Rodrigo!

    Primeiramente quero agradecê-lo por ter lido nosso texto.

    Em meio a essa pandemia podemos contribuir com a valorização patrimonial ofertando e propondo atividades ao nosso alunado que visem a interdisciplinaridade com espaços produtores de cultura, patrimônio e História.
    Nesse quesito podemos usar nossa criatividade, pois atividades inovadoras contribuem para um aprendizado mais atrativo, e a utilização de oficinas é uma delas

    Atenciosamente, Alvanir Ivaneide Alves da Silva.

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  9. O ensino e a aprendizagem histórica ocorrem de forma mais satisfatória quando o aluno vê significado no que aprende. Explorar os espaços para se ensinar significa ir além das 4 paredes de uma sala de aula. Criar alternativas que permita uma visitação ao museu sendo de forma física ou virtual visa faz com que possamos complementar aquilo que se discutido em sala

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  10. Boa Noite, Andreia!

    Primeiramente gostaria de agradecê-la por ler nosso texto.

    Concordo plenamente com você, aulas em espaços não formais de ensino contribuem significativamente para o complemento da construção do aprendizado dos nossos alunos.
    Fazendo com que se tornem atividades atrativas, construtivas e proficientes.

    Atenciosamente, Alvanir Ivaneide Alves da Silva.

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  11. parabenizo as autoras, especialmente porque tenho pesquisado sobre as possibilidades didáticas em espaços não formais de ensino, há como apresentaram muitas possibilidades de pesquisa. abraços

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    Respostas
    1. Boa Noite, Dra Jaqueline Zarbato!

      Nós que agradecemos pela imensa oportunidade em fazer parte desse evento tão enriquecedor para nossa carreira acadêmica e educacional.

      Abraços!

      Atenciosamente, Alvanir Ivaneide Alves da Silva.

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